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Leila Moura

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Acabou!

O curso acabou, ficou agora aquele gostinho de quero mais. A nostalgia bate e os questionamentos surgem... e agora , o que vai acontecer conosco, como seguiremos em frente com todos os conhecimentos aprendidos?

O retorno é muito bom, saudades daqueles que deixamos, a hora de verificarmos nas nossas bases profissionais como será o nosso futuro próximo. A semente foi plantada e agora há necessidade de regarmos para que frutifique e que não a percamos para as intempéries.

Mas estou esperançosa que para o próximo ano tudo possa acontecer e que as minhas e  expectativas saiam do campo da esperança e se concretizem.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Aulas de alfabetização em Braille

Programa da disciplina de alfabetização em Braille

Estamos na reta final com a Glorinha, alfabetizadora cega que ministra aulas com excelência.


Os conteúdos trabalhados nos deixam a certeza que o aluno cego é uma pessoa muito capaz que é apenas diferente,  por  isso necessita de um tempo maior,  de um trabalho específico, mas muito parecido com aqueles que fazemos nas classes de crianças videntes. Abaixo temos os assuntos desenvolvidos brilhantemente por Glorinha  conosco neste período.


-Aspectos importantes que influem na aprendizagem da criança deficiente visual;
-a criança cega ante o processo de alfabetização;
-expectativas ou justificativas dos pais e professores no que diz respeito às capacidades da criança deficiente visual;
-atitudes e sentimentos dos pais em relação a seu filho sem o sentido da visão


-pré-requisitos para alfabetização em Braille;
-aquisição de conceitos básicos;
-eficiência e acuidade sensoriais;
-maturidade nas áreas cognitivas, psicomotoras e sócio-afetiva (fase preparatória).


Avaliação diagnóstica das habilidades requeridas para a alfabetização em Braille;
-avaliação das habilidades do educando através de atividades com objetos, formas geométricas, linhas em relevo e caracteres em relevo;
-alguns princípios básicos que orientam a prática pedagógica de um programa de alfabetização;
-planejamento do trabalho pedagógico;
-formulação de objetivos;

-seleção de materiais comuns e especializado necessário ao trabalho com a organização do espaço físico;
-promoção do conhecimento linguístico;
-avaliação das dificuldades e dos êxitos durante o processo de alfabetização.

Métodos usados no processo de alfabetização:

ANALÍTICO
SINTÉTICO
NATURAL

Alfabetização em Braille


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dentro de cinco dias estará completando dois meses que estamos em curso. Já concluímos várias disciplinas de muita relevância na educação de alunos cegos e de baixa visão.  Disso tudo o que mais chama a nossa atenção, não são exatamente os cegos. Temos conhecido as mais diferentes patologias e também as implicações de problemas gestacionais.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Penúltima aula de estimulação precoce

Estamos concluindo mais uma disciplina do curso.
Nesta quarta-feira, tivemos a avaliação. Não foi tão difícil quanto imaginávamos.






Estimulação precoce

A estimulação precoce é a base fundamental para o desenvolvimento da criança. 

Para os recém-nascidos portadores de deficiência há uma série de exercícios especiais de detectam e estimulam a capacidade cognitiva. Se a criança não recebe esses estímulos até os quatro anos e 11 meses de idade, pode ter atraso na fala, locomoção e capacidade cognitiva. Além disso, a convivência dessa criança com outras que não apresentam deficiências também é um estímulo. Por isso, a recomendação de que se procure uma escola inclusiva.


A conscientização e o incentivo por partes de todos (pais e comunidade) são indispensáveis para superar essas dificuldades. “Quanto mais cedo a criança for estimulada, mas ativa ela se tornará. A criança, mesmo com deficiência, consegue atingir sua capacidade mais cedo. O, intuito também é evitar, atenuar ou compensar os efeitos da deficiência, no caso aqui, a visual e suas consequências.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Encantada!

Hoje tivemos a oportunidade de presenciar a apresentação de três teses de mestrados de professores aqui do Instituto.
Pude não só testemunhar os trabalhos, como também sentir a paixão com que estes mestres trilharam esta caminhada profissional, a emoção com que trazem para suas vidas o entendimento da ação no trabalho com os cegos e ou deficientes da visão.
Entendimento este que não se prende ao sentimento de piedade, mas de enfrentamento com propostas de trabalho.
 O  primeiro trabalho versava sobre o retorno dos alunos de inclusão, ao Instituto Benjamin Constant.
O segundo traça todo o projeto voltado para a educação infantil, o valor que tem o início da vida escolar de modo geral e em particular às crianças cegas ou de baixa visão.
E o terceiro trabalho foi apresentado por uma jovem professora e teve como assunto,  questionar o pouco contingente de alunos cegos e de baixa visão nas escolas de um município do interior de Minas Gerais. A professora particularizou o município, mas sabemos que esta questão é comum em todo o Brasil.
Por fim tivemos uma espetacular apresentação dos alunos cegos e de baixa visão, tocando violão, piano e cantando espetacularmente.

Vivendo aqui no Instituto tudo fica tão normal, crianças barulhentas nos corredores, sentadas na escada, conversando assuntos tão comuns às crianças que conhecemos. Enfim aqui tenho a impressão que Deus está sempre em vigília.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Aprendendo sempre

Estamos tendo os primeiros passos em Braille e Soroban, realmente essas duas disciplinas são fabulosas e para mim que não tinha contato nenhum, é apaixonante.


O Braille é ferramenta essencial para a pessoa cega ou de baixa visão. Já o Soroban é uma forma bem concreta de ensinar as quatro operações e sua sequencia algébrica.   


Agora estou com pouco tempo, mas na continuação será mais comentado. 

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Testando

Amanhã será nossa primeira avaliação em Educação e cidadania com o professor Joanir Bechara Cerqueira, um ilustre educador cego, supra capacitado e que já se encontra aposentado. Está atuando como professor convidado este ano.


Sua disciplina consta de conteúdo histórico, ético e de legislação no que diz respeito a pessoas cegas e de baixa visão.
A Expectativa é grande, dizem que é extremamente exigente. 

Complementando


José Alvares de Azevedo: precursor da educação de cegos no Brasil




De uma família abastada, era filho de Manuel Álvares de Azevedo, e tendo nascido cego teve especial dedicação por parte dos seus pais, e desde cedo, despertou mostrou-se de grande vivacidade e inteligência precoce.


Seus pais acabaram aceitando a idéia de enviá-lo à Europa (1844) para estudar no Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris. Depois de seis anos ininterruptos, dedicando-se inteiramente aos estudos, e justamente durante um período em que o invento de Louis Braille estava sendo experimentado, voltou ao Brasil como um brilhante ex-aluno da escola de Paris (1850), com o propósito de difundir o Sistema Braille e com o ideal de poder criar uma escola para cegos, semelhante ao Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris. 



Ilustres personagens da nossa História

Terceira semana do IBC

A aprendizagem aqui no Instituto é algo incrível, as vivências pelas quais passamos são tão ricas quanto os conhecimentos aqui desenvolvidos.
No campo da reabilitação atende pessoas com deficiência visual adquirida na idade adulta (reabilitandos) proporcionando-lhes um elenco variado de atividades: orientação e mobilidade, atividade da vida diária, habilidades básicas de preparação para o Braille, leitura e escrita através do Sistema Braille, escrita cursiva, inglês básico, música, teatro, cestaria, artesanato (biscuit, tricô, tapeçaria) cerâmica, educação física, capacitação de usuários de computadores equipados com software do sistema dosvox, do magic (ampliador de tela para pessoas com baixa visão) e do jaws (leitor de tela), atendimento social e psicológico. Oferece também cursos profissionalizantes: massoterapia, shiatsuterapia, drenagem linfática manual, reflexologia dos pés, afinação de piano, oficina de cerâmica. A reabilitação desenvolve ainda o Programa de Atendimento e Apoio ao Surdocego e o encaminhamento ao mercado de trabalho de alunos e reabilitandos.

sábado, 28 de agosto de 2010



As atividades do slide foram construídas partindo de pesquisas, com a participação dos alunos cegos e de baixa visão.


É admirável ver que o planejamento é o mesmo aplicado a crianças videntes (que possuem visão normal), porém voltadas sempre para o trabalho integral, onde possibilita o exercícios de todos os sentidos. 


O lúdico que tanto se fala na educação de escolas regulares, aqui é algo concreto. As crianças dançam, cantam, manipulam materiais diversos que estimulem a percepção tátil.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Os materiais fotografados na culminância dos trabalhos desenvolvidos são antes de mais nada, pesquisados e criados com a manipulação dos alunos que assim conseguem construir a imagem mental de formato e também de cores por parte de alunos cegos e dos que ainda possuem resíduos visuais.

Aula de educação infantil

Desde nosso primeiro encontro como  a equipe da educação infantil e sua clientela aqui no instituto presenciamos um ambiente sedutor e muito afetuoso.

As turmas são bem reduzidas, o que possibilita às professoras um trabalho bastante eficiente.
Contam também com monitoras que cuidam das crianças com muito zelo  atenção, pois algumas permanecem no instituto durante a semana e vão para casa no sábado.

Hoje  presenciamos a culminância dos trabalhos de folclore, os assuntos foram distribuidos por turma e cada um desses grupos se encarregou de realizar uma apresentação, com  a caracterização devida.
Foi interessante perceber o quanto os professores levam a sério o trabalho aqui realizado, considerando não a deficiência da criança e sim as etapas as quais eles precisam passar.

O trabalho da educação infantil é considerado aqui no instituto como prioridade e não se detém no aspecto idade, já que nem sempre a criança se encontra no mesmo processo.
Os trabalhos passam por atendimentos multidisciplinares tais como: fisioterapia, psicólogos, psicomotricidade, arte educação, musicoterapia e outros atendimentos.

As atividades com as crianças cegas ou de baixa visão, parte de pesquisas até a confecção de materiais que farão parte das atividades da vida diária.

A culminância do trabalho aconteceu em clima de festa vimos os sacis, curupira, uma sereia linda e tudo isso representado por crianças cegas ou de baixa visão, com caracterizações fantásticas. 

O trabalho foi concluído com músicas carnavalescas e todos nós entramos no ritmo juntamente com a criançada, professores e funcionários. Depois tomamos um lanche coletivo comemorando os aniversariantes do mês.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nossa rotina

Estou registrando as informações com um certo atraso, aqui não dispomos de muito tempo, pois a carga horária é intensa e bastante informações novas que temos que elaborar.

  No final da tarde quando as atividades de aula terminam, estamos extremamente cansados e não dá para ficar parado. Então temos que dar uma caminhada para compensar o tempo que ficamos  sentados

No entanto, nada disso nos cansa e o universo de informações que estamos recebendo é intenso e prazeroso.

Após a visita às atividades práticas do intituto, iniciamos a disciplina de estimulação precoce, com a professora Maria Rita Campello, que também ministra as aulas de psicomotricidade.

Essas duas disciplinas são o princípio de todo o trabalho com qualquer criança em desenvolvimento. Na criança cega, de baixa visão e outras deficiências é imprescindível.

De tudo o que se aprende aqui, o mais importante é a vivência que estamos tendo. Em todos os espaços do instituto é possível aprender e testemunhar as possibilidades que um indivíduo limitado visualmente pode buscar e atingir. Tenho certeza que não tem outro lugar tão especial quanto este. 

As experiências que aqui vivemos e os conteúdos aqui trabalhados, certamente que serão uma bagagem para enriquecer o trabalho em qualquer setor que nos remeta a lidar com diferentes limitações.

Temos a cadeira de Educação e cidadania, que nos remete aos direitos e deveres que atende a essa clientela. São conhecimentos de ordem histórica, onde já a Grécia os nascidos com limitações eram eliminados para não envergonhar suas famílias.
Achei muito interessante as conotações do termo "cego" tais como:

Pior cego é o que não quer ver; a faca está cega; andei caminhando às cegas, entre outras que temos listados e que oportunamente poderei registrar.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um Pouquinho de história!

O curso que estamos tendo aqui no Instituto Benjamin Constant é pioneiro na América Latina e possui longevidade, 156 anos de existência. Pioneiro na educação especial para os cegos e na sequência para os surdos.

Pioneiro na capacitação para professores. À 63 anos o curso foi descentralizado e disponibilizado para todo o Brasil, no intuito que os profissionais aqui qualificados possam ser multiplicadores em seus Estados.

Minha experiência no IBC - Instituto Benjamin Constant no Rio de Janeiro

Cheguei aqui no sábado à tarde. Sozinha no alojamento, prédio imenso onde só havia os guardas  do instituto, meus passos faziam eco no vazio de tanto espaço. No domingo pela manhã quando acordei, fui surpeendida com uma primeira colega que chegava e assim sucessivamente as outras colegas foram chegando de todo o Brasil.

No final de domingo já totalizamos 24 profissionais na condição de alunos, todos ansiosos pelo outro dia que se iniciaria as aulas.

No dia 16 de agosto de 2010, tivemos nosso primeiro contato com as pessoas responsáveis pelo curso de Qualificação para professores na área da deficiência visual.  Nosso encontro foi no  auditório do Instituto, onde tivemos um rápido relato sobre a história do instituto, sua origem, serviços oferecidos, clientela que atende e profissionais da capacitação. 

Pudemos testemunhar na fala  das profissionais que nos acolheram, o amor pelo trabalho realizado neste local e o respeito com que o realizam.

A Elise realizou a primeira fala, em seguida a Glorianha, que fez uma citação que diz: "Educar exige paixão, professor burocráta cumpre seu papel e cresce administrativamente, muitas vezes atinge altos cargos de gestão". Segundo ela, é só para fazermos uma reflexão.

Me senti muito honrada em ter sido selecionada para este curso e em receber a oportunidade de ter a qualificação com professores tão ilustres como por exemplo o professor Jonir Bechara Cerqueira, criador do código matemático unificado para os países de língua portuguesa.

sábado, 14 de agosto de 2010

Rumo aos sonhos!

Ontem nos encontramos no Sargent Peppers para confraternizar minha viagem de estudos. Foi uma noite mágica, música e ambiente  maravilhosos .

Adorei a presença de amigos, são energias que dão ânimo e valorizam nossas caminhadas.