Páginas

Educartenasdiferenças

Facebook

Facebook
Leila Moura

quinta-feira, 25 de julho de 2013

CAPACIDADES/FUNÇÕES PERCEPTIVO-VISUAIS - conceitos da baixa-visão

CAPACIDADES/FUNÇÕES PERCEPTIVO-VISUAIS

A estimulação perceptivo-visual é um instrumento fundamental para o desenvolvimento 
das capacidades perceptivo-visuais de todo ser humano e, principalmente às crianças com
 baixa-visão. Tal estimulação corresponde a um conjunto de situações pedagógicas que 
visam à aquisição de habilidades e melhoria das capacidades perceptivo-visuais.
A aplicação das técnicas de estimulação visual varia de acordo com as possibilidades
 visuais apresentadas pela criança, ou seja, dependentes das capacidades/funções 
perceptivo-visuais pré-existentes, bem como, das que se pretendem trabalhar. São estas:
PERCEPÇÃO VISUAL: Capacidade de interpretar o que é visto (desde a percepção da 
luz acesa da lanterna). É o processo pelo qual as informações recebidas pelo olho são
 transmitidas ao cérebro onde ocorre relacionamento com as experiências passadas. Tal 
habilidade requer maturação, ou seja, fatores neuromotores* e psicológicos, e experiência.
Ex: perceber (a existência, mudança, movimento, etc.) mesmo sem identificar e/ou 
interpretar especificidades.
EFICIÊNCIA VISUAL: Domínio do mecanismo ótico – envolve velocidade e capacidade de 
filtração. Tal habilidade é dependente do uso máximo de visão residual.
EXPERIÊNCIA VISUAL: Compreende: acuidade visual, reconhecimento e arquivamento 
da imagem, associação com experiências passadas e símbolo, e formação de conceitos.
Ex: a utilização da condição visual para sua vida, como, utilizá-la para se locomover, 
encontrar objetos de interesse, identificar tamanhos, formas, cores, larguras... 
visualmente, etc. Enfim, realizar atividades visuais significativas assimilando o experimento,
 bem como, realizando o registro em sua memória para uso indeterminado.
PERCEPÇÃO DE LUZ: Capacidade de indicar diferença entre claro e escuro 
(luminosidade), mesmo sem identificar de onde vem esta luz.
PROJEÇÃO DE LUZ: Capacidade de indicar a origem do foco da luz. (neste caso, 
observam-se também diferenças na focalização da luz em distâncias variadas, ou seja, 
a aquisição requer projeção de luz a maior distância, compara a análise anterior).
FIXAÇÃO: Refere-se ao ato de focar os olhos sobre um objeto ou estímulo visual sobre
 o papel. Neste caso também é possível identificar a distância melhor para focalização, e, 
mediante esta realizar um melhor trabalho na aquisição das habilidades.
OCLUSÃO VISUAL: Capacidade de perceber uma figura completa quando somente uma
 porção é visível.
PISTA VISUAL: Qualquer tipo de informação visual usada por uma pessoa para orienta-se
 e mover-se no espaço, além de desempenhar qualquer tarefa ou função, ou localizar um
 lugar ou objeto desejado.
SÍMBOLOS: Termo usado para se referir a letras e palavras que apareçam isoladamente
 (ou com outras), e, que podem ou não, estar associadas com objetos concretos ou gravuras.
VISÃO BINOCULAR: Uso simultâneo de ambos os olhos na focalização de um mesmo 
objeto e fundir as duas imagens para uma interpretação correta.
CAMPO VISUAL: Toda a área do espaço físico visível quando o corpo, a cabeça e os olhos
 estão imóveis, frente ao estímulo observado.
SEGUIMENTO VISUAL: Seguir com os olhos (visualmente) objetos em movimento (de 
cima para baixo, vice-versa, de um lado para o outro, na diagonal, etc.).
ACOMODAÇÃO: São ajustes que o olho realiza para ver a diferentes distâncias, executado 
pela mudança de forma do cristalino através da ação do músculo ciliar na focalização 
de uma imagem clara na retina.
ACUIDADE VISUAL: Refere-se a uma medida da capacidade de distinguir claramente os 
mínimos detalhes.
FUNCIONAMENTO VISUAL: Significa interpretar e compreender significativamente o que
 se vê.
FIGURAS: Refere-se aos contornos de objetos e formas geométricas e lineares com 
ou sem detalhes.
ATENÇÃO VISUAL: Olhar prolongadamente objetos ou figuras. As crianças com déficits 
corticais apresentam maior dificuldade para aquisição desta habilidade.
BRILHO (OFUSCAMENTO): Qualidade de brilho relativo da luz que cause desconforto no 
olho ou que interfere com a visibilidade e desempenho visual.
CONTRASTE: A diferença relativa entre o claro e escuro nas coisas (objetos) observadas.
PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE: A capacidade para perceber a distância relativa de 
objetos e sua relação espacial com outros.
DIFERENCIAÇÃO DE FIGURA-FUNDO: Capacidade para perceber a distância relativa de 
objetos e sua relação espacial com outros.
DIFERENCIAÇÃO DE FIGURA-FUNDO: Capacidade para discriminar objetos visíveis, 
separando-os do fundo.
VISÃO PERIFÉRICA: Percepção de objetos, movimento, ou cor, fora da linha central da 
visão.
FOTOFOBIA: Anormalidade sensitiva, desconforto pela luz.
MAGNIFICAÇÃO: Um aumento no tamanho de um objeto ou símbolo percebido.
NISTAGMO: Movimento involuntário do globo ocular sintomático de disfunção neurológica. 
Pode ser vertical, lateral, rotatório ou misto, e intermitente.
INFORMAÇÃO VISUAL: Conhecimento do ambiente e das coisas adquirido através do 
sentido visual.
VISÃO RESIDUAL: Qualquer visão remanescente útil presente ou que possa ser 
desenvolvida apesar de imperfeição severa em qualquer das estruturas ou tecidos dos olhos, 
ou em alguma parte do sistema visual.
SISTEMA VISUAL: Todas as partes componentes do olho, nervo óptico, cérebro e 
associação de estágios que influenciam olhar e ver.
EXPLORAÇÃO VISUAL: Cuidado inspeção de objetos visíveis ou de ambiente 
circundante. Geralmente as crianças de baixa visão necessitam tocar e manipular o 
objeto, pois, carecem de visualizá-los em diferentes níveis e posições para uma melhor 
visualização e exploração visuais.
Estas capacidades/funções perceptivo-visuais somente podem ser desenvolvidas mediante
 análise e utilização de modificações nas condições ambientais:
1. Controle da iluminação: aumentando-se a iluminação ambiental com focos luminosos
 para objetos, folhas de trabalho, textos, etc...
2. Transmissão da luz: com auxílio de lentes absortivas e filtros que diminuem o 
ofuscamento e aumentam o contraste.
3. Controle de reflexão, com tiposcópios, visores, oclusores laterais e lentes polarizadas.
4. Acessórios: caneta de ponta porosa preta, lápis de escrever 6B, papel com pautas
 pretas, figuras sem muitos detalhes e com traçado escurecido e nítido (pré-escolar), 
suporte para leitura e partituras musicais.
5. Aumento de contraste: usando-se cores bem contrastantes (preto/branco, 
preto/amarelo, branco/vermelho, etc.) em materiais como: folhas de papel em geral, 
canetas porosas, quadro branco/caneta preta, quadro-de-giz (preto)/giz branco, cores 
escuras em fundo brilhoso (papel laminado) e/ou vice-versa.
6. Ampliação: desenhos, figuras, exercícios, livros, jogos, etc.
Assim, com as adaptações ambientais necessárias é possível realizar um trabalho 
promissor durante os atendimentos de estimulação visual, concomitante, a utilização
 de seu resíduo visual para maturação da capacidade visual em seu ambiente (casa, 
escola, ou qualquer lugar onde possa ser realizada adaptação e que seja do convívio da criança)

Estimulação visual, atividades de reabilitação



                                                                                   MATERIAL:
                                                                             
Adicionar legenda
  1. Sala de aula / Sala de atendimento /                                                                                                      ambiente iluminado
2. Luzes (natural e artificial)
3. Recursos em branco e preto e/ou contrastantes

OBJETIVO:
- Com a realização desta atividade a criança será capaz de perceber, tomar consciência e buscar a fonte luminosa e/ou contraste.

ATIVIDADE 1 – COM LUZ SOLAR OU LUZ AMBIENTE
Utilizam-se contrastes entre obscuridade e claridade:
a) Fechar e abrir a janela, fazendo com que a criança perceba que a luz do sol lhe chega até os olhos;
b) Com ajuda do espelho, fazer com que a luz solar se reflita no rosto da criança;

ATIVIDADE 2 – COM LUZ ARTIFICIAL DA LANTERNA
a) Fazer jogos de luzes, focando o rosto da criança com movimentos horizontais e verticais (lentamente, partindo sempre do centro para fora), motivando a busca, ou no nível ocular ou manipulativo (se sua motricidade o permite).
b) Para motivá-la a permanecer olhando para a luz da lanterna, você poderá acrescentar focos intermitentes (apagando e acendendo a lanterna com pequenos intervalos) utilizando filtros (pode ser papel acetato ou celofane colorido) ou lâmpadas coloridas.
c) Utilizar a luz natural ou artificial através de objetos brilhantes: colocar os objetos brilhantes na entrada da luz solar, girando-os para que possam refletir mais a luz e favorecer uma melhor visualização para a criança.

ATIVIDADE 3 - OBJETOS DE CORES INTENSAS E CONTRASTANTES
a) Apresentar os objetos aproximando-os dos olhos da criança, estimulando-a a pegar e manuseá-lo, para que, posteriormente, a criança seja capaz de captar a presença de um objeto, reconhecê-lo e/ou identificá-lo (mesmo que parcialmente).

Observação:
1. A tonalidade cromática do objeto deverá contrastar com o fundo ambiental ou se o objeto tiver mais de uma cor, sua combinação precisa ser diferenciada.
2. Manter repetidos contatos visuais com os estímulos apresentados, tanto em forma estática como em movimento, respeitando o campo visual da criança e a distância a qual possa perceber o objeto.
3. Nos casos onde exista maior visão em um olho, apresentaremos os estímulos no campo visual dominante.
4. Realizar seguimento do objeto em movimento horizontal, vertical, diagonal e circular (sempre iniciando com pequenas pausas na parte central).
5. Localizar o objeto, assinalar ou indicar de onde está ou pegá-lo é fundamental para organização cognitiva da criança.
6. Discriminar entre dois ou mais objetos facilita associar, pode optar e fazer demandas, naquelas crianças com graves dificuldades na expressão verbal.
MATERIAL:
1. Sala de aula / Sala de atendimento / ambiente               iluminado
2. Luzes (natural e artificial)
3. Recursos em branco e preto e/ou contrastantes

OBJETIVO:
- Com a realização desta atividade a criança será capaz de perceber, tomar consciência e buscar a fonte luminosa e/ou contraste.

ATIVIDADE 1 – COM LUZ SOLAR OU LUZ AMBIENTE
Utilizam-se contrastes entre obscuridade e claridade:
a) Fechar e abrir a janela, fazendo com que a criança perceba que a luz do sol lhe chega até os olhos;
b) Com ajuda do espelho, fazer com que a luz solar se reflita no rosto da criança;

ATIVIDADE 2 – COM LUZ ARTIFICIAL DA LANTERNA
a) Fazer jogos de luzes, focando o rosto da criança com movimentos horizontais e verticais (lentamente, partindo sempre do centro para fora), motivando a busca, ou no nível ocular ou manipulativo (se sua motricidade o permite).
b) Para motivá-la a permanecer olhando para a luz da lanterna, você poderá acrescentar focos intermitentes (apagando e acendendo a lanterna com pequenos intervalos) utilizando filtros (pode ser papel acetato ou celofane colorido) ou lâmpadas coloridas.
c) Utilizar a luz natural ou artificial através de objetos brilhantes: colocar os objetos brilhantes na entrada da luz solar, girando-os para que possam refletir mais a luz e favorecer uma melhor visualização para a criança.

ATIVIDADE 3 - OBJETOS DE CORES INTENSAS E CONTRASTANTES
a) Apresentar os objetos aproximando-os dos olhos da criança, estimulando-a a pegar e manuseá-lo, para que, posteriormente, a criança seja capaz de captar a presença de um objeto, reconhecê-lo e/ou identificá-lo (mesmo que parcialmente).

Observação:
1. A tonalidade cromática do objeto deverá contrastar com o fundo ambiental ou se o objeto tiver mais de uma cor, sua combinação precisa ser diferenciada.
2. Manter repetidos contatos visuais com os estímulos apresentados, tanto em forma estática como em movimento, respeitando o campo visual da criança e a distância a qual possa perceber o objeto.
3. Nos casos onde exista maior visão em um olho, apresentaremos os estímulos no campo visual dominante.
4. Realizar seguimento do objeto em movimento horizontal, vertical, diagonal e circular (sempre iniciando com pequenas pausas na parte central).
5. Localizar o objeto, assinalar ou indicar de onde está ou pegá-lo é fundamental para organização cognitiva da criança.
6. Discriminar entre dois ou mais objetos facilita associar, pode optar e fazer demandas, naquelas crianças com graves dificuldades na expressão verbal.