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Leila Moura

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Valores na educação!


CONTOS DE FADAS: ajudam a criança a elaborar melhor os sentimentos negativos tão comuns na primeira infância, como o medo, a frustração, o abandono, a rejeição, entre outros. Por meio das histórias também podemos trabalhar o conceito de finitude, pois tudo na vida tem um começo, meio e fim. As crianças precisam saber que as pessoas não são como os personagens dos desenhos ou jogos eletrônicos, que nunca morrem. Diante de tanta tecnologia, nunca os contos foram tão importantes e necessários na vida da criança como hoje.

TDAH -Cristal, A Fadinha Desatenta


Cristal, A Fadinha Desatenta
Um excelente livro de histórias sobre TDAH para crianças.
WWW.tdah.org.br

Escrita Braille -Legislação em Braille na Feira do Livro


Na tarde desta segunda-feira (29/10), a Editora do Senado Federal, em parceria com a Câmara dos Deputados entregaram importantes documentos legais em Braille para entidades gaúchas. 
Conforme Florian Madruga, Diretor Executivo da Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal, “é uma forma de contribuirmos para o acesso a comunicação e a inclusão social”.
Estavam presentes no ato, representantes do Coepede, Projeto Rumo Norte, Acelb e Acergs. Para o presidente do Coepede, Roberto Oliveira, que também representou o Projeto Rumo Norte, “iniciativas como estas fortalecem o protagonismo e combatem a invisibilidade provocada pela falta de acessibilidade” Também prestigiaram o evento membros das Escolas de Contas do RS e AM.
Publicações Entregues as entidades:
- Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
- Estatuto da Igualdade Racial
- O Senado Federal
- Conselho aos Governantes
- Código do Consumidor
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação
- Calendário
- Pessoa com Deficiência Visual – Guia Legal
- Convenção da ONU Livro
Dia Nacional do Livro
Instituído pela Lei nº 5.191, de 13 de dezembro de 1966, o dia 29 de outubro foi escolhido para ser o Dia Nacional do Livro por ser a data oficial da fundação da Biblioteca Nacional. Inicialmente chamada Real Biblioteca no Brasil, ela começou com um acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc. trazidos de Portugal com a vinda da família real portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808. A Biblioteca Nacional é a maior biblioteca da América Latina, sendo considerada pela Unesco uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo.
 Brasil, ela começou com um acervo de 60 mil peças, entre livros, 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Inclusão - trabalhando valores com contos de fada


ERA UMA VEZ UM CONTO DE FADAS INCLUSIVO - PINÓQUIO DAS MULETINHAS


  Pinóquio é um boneco de madeira que caminha com a ajuda de duas muletinhas. Só que para se tornar um menino de verdade, ele precisa demonstrar que possui um bom e valoroso coração.


Inclusão Funcional com o Conto "O Pequeno Polegar"


ERA UMA VEZ UM CONTO DE FADAS INCLUSIVO - O PEQUENO POLEGAR QUE NÃO CONSEGUIA CAMINHAR


 Polegar é um menino que não consegue caminhar.
 Ao ser abandonado na floresta, ele decide tomar conta 

dos seus irmãos e protegê-los do Ogro Malvado.





ERA UMA VEZ UM CONTO DE FADAS INCLUSIVO - CÓCEGAS NA FLORESTA - JOÃO E MARIA






João e Maria são gêmeos que não escutam.      No dia em que encontram uma casinha de doces no meio da floresta, eles são aprisionados por uma velha bruxa e precisam usar a língua de sinais para planejar uma fuga.



domingo, 28 de outubro de 2012

Inclusão em "Era uma vez"!


ERA UMA VEZ UM CONTO DE FADAS INCLUSIVO -

O SEGREDO DE RAPUNZEL


  A bela Rapunzel vive trancada numa torre até o dia em
 que um valente príncipe por ela se apaixona. Porém, o
príncipe não sabe que ela guarda um grande segredo.

Inclusão lúdica utilizando conto de fadas


ERA UMA VEZ UM CONTO DE FADAS INCLUSIVO - CÓCEGAS NA FLORESTA - JOÃO E MARIA

    João e Maria são gêmeos que não escutam. No dia em 
que encontram uma casinha de doces no meio da floresta, 
eles são aprisionados por uma velha bruxa e precisam 
usar a língua de sinais para planejar uma fuga.

INCLUSÃO NOS CONTO DE FADAS - A BELA AMOLECIDA

Ótima oportunidade dos professores que atuam em séries iniciais poderem iniciar unidades temáticas, já abordando o assunto de forma transversal e lúdica.


 No dia do batizado da princesa Ângela, uma malvada feiticeira lança sobre a menina uma poderosa maldição. Para tentar libertar a moça do feitiço, surge um valente príncipe que vem tocando uma potente cadeira de rodas.




CONTO DE FADAS INCLUSIVO - ALADOWN E A LÂMPADA MARAVILHOSA




  O jovem Aladown é um valente rapaz que tem Síndrome de Down. Um dia, ele encontra uma lâmpada mágica e passa a contar com a ajuda de um poderoso gênio para viver grandes aventuras.


Inclusão nos contos de fada!















    Alice é uma menina autista que vai parar no País da Inclusão, 
um lugar onde todos possuem livre acesso e onde o preconceito 
a pessoas com deficiência não tem vez.
    FONTE:http://www.imaginancia.com.br

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Acessibilidade na web é para cegos?

Sim, mas não exclusivamente para pessoas com essa deficiência, ou mesmo para pessoas que tenham alguma deficiência.
Em geral, restringimo-nos à nossa experiência pessoal, ou mesmo à nossa imaginação, ao pensarmos a dificuldade do outro. Assim, para entendermos o modo de uso da Internet por algumas pessoas, devemos lembrar que existem muitos usuários que atuam em contexto muito diferente do comum, como é o caso dos que não têm a capacidade de ver, ouvir ou deslocar-se, que tenham grandes dificuldades, quando não mesmo a impossibilidade, de interpretar determinados tipos de informação, não serem capazes de utilizar teclado ou mouse, que necessitam tecnologias assistivas específicas associadas e necessárias à navegação, como navegadores completamente diferentes dos habituais, por voz ou que apenas apresentem texto.
Por outro lado, algumas tecnologias hoje consideradas comuns, como os telefones celulares, palmtops, navegadores de páginas que não sejam iguais ao mais comum, o Internet Explorer, mas que podem oferecer opções de navegação diferenciadas, as várias resoluções de tela, como a 800 x 600, 1024 x 768, 1280 x 1024, 1440 x 900, 1680 x 1050 etc, podem também não funcionar adequadamente caso determinados padrões de codificação não sejam realizados e, assim, atrapalharem a visualização oferecidas pelos navegadores.
Usuários com acesso discado ou mesmo com banda larga pouco velozes, estão cada dia mais impedidos de uma navegação tranqüila e execução de aplicativos que exijam maior velocidade.
Dessa forma, acessibilidade na web não é só para pessoas com deficiência visual, ou qualquer outro tipo de deficiência, mas para um número de pessoas cada vez maior, tanto quanto se expandam as diferentes formas de utilização e acesso à web.

Existe legislação a respeito do assunto?

No Brasil, o decreto nº. 5296/2004 Site Externo., regulamentador da lei de acessibilidade nº 10098, em seu capítulo VI, dedicou 14 artigos ao Acesso à Informação e Comunicação das pessoas com deficiência. Tornou obrigatória a acessibilidade na Internet, porém, apenas para às pessoas com deficiência visual (não contemplando as pessoas com mobilidade motora reduzida e com deficiência auditiva) e somente a portais do governo.
Percebe-se assim, a existência do mito de que acessibilidade web seja apenas para pessoas com deficiência visual, chegando a ponto de, erroneamente, legalizar-se tal idéia.
Entretanto, recentemente o Brasil assinou a "Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência" Site Externo. na ONU e o Congresso Nacional ratificou, com quórum qualificado, que esta Convenção se tornasse lei brasileira com status constitucional, desde julho de 2008.
A acessibilidade na internet foi contemplada nos artigos 9 e 21 da Convenção, tornando obrigatória e crime de discriminação qualquer informação na internet não acessível para qualquer tipo de deficiência e a qualquer categoria de portal ou site, de empresa privada ou governamental, acabando assim com as restrições anteriores do decreto.

Sites acessíveis são necessariamente feios, sem cores e imagens?

A ideia de que sites acessíveis seriam feitos para pessoas com deficiência visual, especialmente as cegas, acabou por fazer acreditar que os sites acessíveis tivessem de ser feitos somente de texto. Em determinada época, inúmeros sites, inclusive de instituições de/para cegos, chegaram a disponibilizar versões somente texto para deficientes visuais e versões gráficas para as demais pessoas.
Essa prática incorre em dois erros principais:
  1. Como a acessibilidade para pessoas com deficiência visual, por tornar a navegação por via do teclado plenamente possível, é compatível para pessoas que não conseguem utilizar mouse na navegação, como usuárias de notebooks, paralisadas cerebrais e tetraplégicas, com pouca destreza manual para mouses, mas suficiente para a navegação via teclado, acabavam tendo de desfrutar de uma versão de site completamente sem atrativos, inadequada visualmente para elas;
  2. quando o desenvolvedor da página tinha de atualizar informações, em geral, só o fazia na versão gráfica, ficando a versão texto quase sempre desatualizada. Quando fazia a atualização nas duas versões, ficava com trabalho dobrado.
Sendo assim, uma versão acessível e comum a todos é a mais prática e recomendável de ser realizada, incorrendo na inclusão digital de todas as pessoas no mesmo espaço e com as mesmas informações.
Para isso, não é necessário que esse espaço não tenha imagens, cores de qualquer natureza e uma estética desagradável. Existem formas de tornar acessíveis as imagens criando-se seus equivalentes textuais, para que pessoas com deficiência visual possam conhecer seu conteúdo e função no contexto da página, e pessoas sem essa deficiência estejam em um espaço agradável e atraente para seus olhos.

O que é um leitor de tela? Um sintetizador de voz?
E um Display Braille? Como funcionam?

leitor de tela é um programa que interpreta os conteúdos do código e os apresenta através de um sintetizador de voz ou impresso em Braille. Ele, em verdade, não lê a tela, mas o código por trás dela, interpretando os elementos e atributos sequencialmente conforme sua leitura, de cima para baixo e da esquerda para a direita.
Essa leitura do código transforma-se em linguagem inteligível para o ouvinte, não só lendo o que seja realmente o texto, como descrevendo os elementos existentes na página, como imagens, links, formulários, tabelas etc. Quando ele passa por um link que contém uma imagem, ele descreve: "link" e "gráfico". Se no elemento de imagem houver o atributo ALT, ele complementa a narração dos elementos com o conteúdo textual que estiver dentro do atributo. Assim, se passarmos por um link com imagem, onde a imagem tenha escrito "Quem Somos" e houver o atributo ALT com o mesmo texto, ele disponibilizará: "gráfico", "link" "Quem Somos" audivelmente ou em Braille, por exemplo. Temos de observar que ele falará, em verdade, o conteúdo do atributo ALT e não o desenhado na imagem e que, para quem vê parece ser texto. Todo texto em imagem não é um texto real, mas desenhado, como poderia ser qualquer outro desenho.
Os leitores de tela não são em Braille ou possuem som. Eles somente carregam em uma área temporária sua interpretação do código. Fica a cargo dos sintetizadores de voz ou displays Braille que essa interpretação se torne audível ou tátil.

Existe acessibilidade especial para leitores de tela?

Alguns cuidados devem ser tomados para que os leitores de tela se tornem cada vez mais capazes de transmitir a mensagem corretamente. Os sintetizadores de voz são a voz do leitor de tela, e a maioria deles identifica a pontuação através de pausas, de silêncios na "voz", por alguns deles quase imperceptíveis. Assim um ponto tem um tempo de silêncio até que se leia a próxima palavra, um tempo menor para a vírgula e tempos mais fracionados ainda para dois pontos e ponto e vírgula. A exclamação e a interrogação têm sonoridades semelhantes ao que representam, tanto quanto a reticências. A tecnologia anda tão avançada nesse aspecto, que alguns sintetizadores reproduzem fantasticamente a voz humana.
Assim, verificar a pontuação, a gramática e utilizar um corretor ortográfico são medidas importantes, pois os sintetizadores de voz reproduzem exatamente o que um leitor de tela lê. Dessa forma, um texto mal escrito ortograficamente, com abreviaturas do tipo qdo (quando), palavras acentuadas de forma incorreta, erros gramaticais como palavras no singular quando deveriam estar no plural e coisas do gênero, podem deixar um usuário sem entender o texto, ou tendo de parar a leitura corrente para voltar a trechos não entendidos pelos quais acabou de passar.
A utilização de equivalentes textuais para as imagens também é fundamental para que o leitor, em sua passagem, possa transmitir a importância do significado da imagem no contexto em que se encontra.
Um dos cuidados mais fundamentais para a acessibilidade de um conteúdo web é o desenvolvimento do código desse conteúdo dentro dos padrões web (web standards), tanto apresentando um código semântico, quanto separando-o em camadas de conteúdo, apresentação e comportamento. O trabalho só pode estar completo quando o código estiver validado, tanto o de (X)HTML, quanto o de CSS e scripts, sendo estes não obstrutivos. Os códigos strict têm contemplado, em sua validação, alguns itens de acessibilidade, como por exemplo a presença obrigatória do atributo ALT no elemento IMG, existência de elementos e atributos obsoletos, etc.
É necessário notar que um leitor de tela utilizado em navegadores gráficos, tem a função não somente de fazer a leitura dos conteúdos puramente textuais existentes em uma página web, mas também de descrever a estrutura dessa página. Sendo assim, ao passar por um elemento e por seus elementos e
ele fará a leitura para seu usuário como "tabela com tantas colunas e tantas linhas", além de que, em alguns deles, pressionando-se a tecla "t" pode-se chegar diretamente no início dessa tabela. Se um layout de página for feito por tabelas, prejudicará sensivelmente a navegação de um usuário dessa e outras tecnologias assistivas, pois ele, ao se utilizar da teclagem rápida alcançará inúmeros trechos dessa página que não são tabelas como se fossem, além de ficar escutando a todo momento "tabela com tantas colunas e tantas linhas", sem isso estar existindo visualmente.
Outros inúmeros erros semânticos são usuais, como a utilização do elemento

-

, onde o tamanho da fonte pode ser definido e o negrito é padrão, utilizados no meio de textos ou mesmo em links, para destaques e não para cabeçalhos propriamente ditos. Ao se teclar a letra h em navegadores gráficos alguns leitores de tela se aproveitam dessa semântica para fazerem saltos de cabeçalho em cabeçalho dentro da mesma página. Pode ser cabeçalho de um menu, de uma combobox e de um artigo separado em inúmeros subtítulos. No entanto, se não for utilizado corretamente, o usuário que tem isso como uma forma acessível de navegação rápida, acabará saltando para lugares que não são cabeçalhos onde esse elemento foi utilizado de forma inadequada. Essa apresentação deve ser feita em folhas de estilo. Por isso a importância de um código semântico, onde cada elemento é utilizado para o fim a que foi criado.
Da mesma forma, a separação entre camadas deixa o código mais "enxuto" para que o leitor de tela (que lê códigos e não telas), possa ler sem ter ele mesmo que fazer essa separação na hora da leitura, agilizando e simplificando sua tarefa.
Outros cuidados de acessibilidade devem ser tomados mas, em sua maioria, não são específicos para a deficiência visual, nem para os leitores de tela necessários para maioria das pessoas que a possui.

O que a acessibilidade web tem a ver com visão estratégica de mercado?

A acessibilidade no desenvolvimento de sites é hoje uma ferramenta de mercado que aumenta potencialmente o público que pode chegar até o produto disponível, seja mercadoria ou informação. Não é uma concessão, um ato de boa vontade para com usuários com necessidades específicas: é uma visão estratégica. Imagine o site de um supermercado, uma loja ou de um banco construídos sem a acessibilidade adequada: uma pessoa com deficiência visual ou com qualquer tipo de dificuldade motora - potenciais clientes - estarão automaticamente excluídos. E o que dizer dos sites de serviços públicos?
Nesse caso, provavelmente, os excluídos se sentirão também menos cidadãos. A imagem que tais sites deixarão para tais pessoas, multiplicadoras de opinião através de suas famílias e de si mesmas, certamente não será positiva.
Por outro lado, as empresas que não percebem tais pessoas como potenciais consumidoras, não percebem também as pessoas que não possuem deficiência como possíveis usuárias de tecnologias diferentes das mais comuns. Notebooks, celulares e programas de navegação alternativos ao Internet Explorer, como o Firefox, Opera, Safari e outros, muitas vezes ficam inaptos para a apresentação de suas páginas, perdendo assim potenciais clientes apenas por não se darem conta de tais possibilidades.

Como fazer e testar acessibilidade na web?

Existem diretrizes brasileiras e internacionais de acessibilidade web que orientam o desenvolvimento de páginas acessíveis. A primeira delas foi a que é, até hoje, a mais utilizada e completa de todas, feita pelo consórcio que padroniza e atualiza os padrões de codificação como HTML, XHTML, CSS e outros, o chamado W3C World Wide Web Consortium que, em 1999, publicou o documento de Diretrizes de Acessibilidade do Conteúdo da Web 1.0 Site Externo. (original em inglês (Web Content Accessibility Guidelines 1.0 Site Externo.), o WCAG 1.0.
A partir desse documento, inúmeros países, até hoje, têm se baseado para fazerem diretrizes explicitamente baseadas nele, como as"Diretrizes Irlandesas de Acessibilidade Web", a Section 508 Site Externo em inglês. e outras.
Recentemente o W3C publicou uma nova versão, a WCAG 2.0 Site Externo. e Joe Clark um dos participantes da confecção do WCAG 1.0, em busca de atualizar esse documento publicou o WCAG Samurai Site Externo., que está sendo muito considerado entre os profissionais criadores de conteúdos web acessíveis, mas que, no entanto, apesar de possuir muita consistência e acertos, não é um documento completo em si mesmo, mas apenas complementar ao WCAG 1.0.
A orientação básica utilizada para se desenvolver páginas acessíveis ainda é o WCAG 1.0, mesmo porque, o WCAG Samurai é apenas uma errata a essas diretrizes. Entretanto, acredito que, com o tempo, o W3C continuará, pelo respeito internacional que ainda possui pelos desenvolvedores web, mesmo questionado, orientando a produção web acessível e através do WCAG 2.0.
Acessibilidade na web é sempre feita dentro dos códigos dos padrões web. Assim, acessibilidade na web começa por se construir com um código dentro desses padrões (web standards), ou seja, com esse código válido e testado em avaliadores automáticos e dentro de uma metodologia definida, como por exemplo, a da própria W3C (Métodos e Ferramentas de Acessibilidade). Além disso, para que estejamos realmente respeitando as web standards, esse código deve ser semântico e estar separado em camadas: conteúdo, apresentação e comportamento.
Entre os itens da metodologia do W3C está o de se navegar pelas páginas com um leitor de tela de um navegador somente texto e um leitor de tela em um navegador gráfico. Outro item da metodologia é a avaliação da página por pessoas com deficiência. Embora esses sejam dois itens de 11 ao todo, alguns desenvolvedores teimam em achar que, se uma pessoa com deficiência visual navegar por sua página e disser que está boa, que a página está acessível. Isso pode ser verdade para apenas o leitor de tela que aquela pessoa cega utiliza, existindo vários no mercado, em qualidade e para ambientes diferentes. Além disso, temos de ter sempre em mente que acessibilidade web não é feita somente para pessoas com deficiência visual, mas dentro de padrões que servem não somente para outras deficiências como para todas as pessoas, com ou sem deficiência, e que um leitor de tela determinado pode não detectar em sua maior parte.

O que o Google tem a ver com isso?

O buscador Google indexa as páginas da web segundo alguns critérios próprios, entre os quais estão os de acessibilidade do site. Temos de levar em conta que a indexação é feita por palavras chave e que essas palavras são captadas textualmente. Dessa forma, uma imagem sem descrição não entra em sua busca por imagens, frames não são indexados se não pelas metatags da página de configuração, a frameset, e o Google só penetra nas páginas frameadas caso sejam linkadas através do noframes. Como o noframes faz parte da acessibilidade feita em frames no WCAG 1.0, somente com eles e os links do site em seu bojo, que o site se torna visível para os robots de busca. A errata do Samurai 1.0 bane os frames, retirando-os do desenvolvimento acessível de sites. Como os leitores de tela só lêem textos e os robots de busca também, fazendo-se acessibilidade no código de sites, dentro dos padrões web, estamos fazendo também acessibilidade para robots de indexação como o Google. Pode-se dizer, sem erro, que o Google é o maior leitor de tela, na verdade, tal como os leitores de tela, o maior leitor de códigos que existe.

Sim, mas não exclusivamente para pessoas com essa deficiência, ou mesmo para pessoas que tenham alguma deficiência.

Em geral, restringimos à nossa experiência pessoal, ou mesmo à nossa imaginação, ao pensarmos a dificuldade do outro. Assim, para entendermos o modo de uso da Internet por algumas pessoas, devemos lembrar que existem muitos usuários que atuam em contexto muito diferente do comum, como é o caso dos que não têm a capacidade de ver, ouvir ou deslocar-se, que tenham grandes dificuldades, quando não mesmo a impossibilidade, de interpretar determinados tipos de informação, não serem capazes de utilizar teclado ou mouse, que necessitam tecnologias assistivas específicas associadas e necessárias à navegação, como navegadores completamente diferentes dos habituais, por voz ou que apenas apresentem texto.
Por outro lado, algumas tecnologias hoje consideradas comuns, como os telefones celulares, palmtops, navegadores de páginas que não sejam iguais ao mais comum, o Internet Explorer, mas que podem oferecer opções de navegação diferenciadas, as várias resoluções de tela, como a 800 x 600, 1024 x 768, 1280 x 1024, 1440 x 900, 1680 x 1050 etc, podem também não funcionar adequadamente caso determinados padrões de codificação não sejam realizados e, assim, atrapalharem a visualização oferecidas pelos navegadores.
Usuários com acesso discado ou mesmo com banda larga pouco velozes, estão cada dia mais impedidos de uma navegação tranquila e execução de aplicativos que exijam maior velocidade.
Dessa forma, acessibilidade na web não é só para pessoas com deficiência visual, ou qualquer outro tipo de deficiência, mas para um número de pessoas cada vez maior, tanto quanto se expandam as diferentes formas de utilização e acesso à web.

Existe legislação a respeito do assunto?

No Brasil, o decreto nº. 5296/2004 Site Externo., regulamentador da lei de acessibilidade nº 10098, em seu capítulo VI, dedicou 14 artigos ao Acesso à Informação e Comunicação das pessoas com deficiência. Tornou obrigatória a acessibilidade na Internet, porém, apenas para às pessoas com deficiência visual (não contemplando as pessoas com mobilidade motora reduzida e com deficiência auditiva) e somente a portais do governo.
Percebe-se assim, a existência do mito de que acessibilidade web seja apenas para pessoas com deficiência visual, chegando a ponto de, erroneamente, legalizar-se tal ideia.
Entretanto, recentemente o Brasil assinou a "Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência" Site Externo. na ONU e o Congresso Nacional ratificou, com quórum qualificado, que esta Convenção se tornasse lei brasileira com status constitucional, desde julho de 2008.
A acessibilidade na internet foi contemplada nos artigos 9 e 21 da Convenção, tornando obrigatória e crime de discriminação qualquer informação na internet não acessível para qualquer tipo de deficiência e a qualquer categoria de portal ou site, de empresa privada ou governamental, acabando assim com as restrições anteriores do decreto.

Sites acessíveis são necessariamente feios, sem cores e imagens?

A ideia de que sites acessíveis seriam feitos para pessoas com deficiência visual, especialmente as cegas, acabou por fazer acreditar que os sites acessíveis tivessem de ser feitos somente de texto. Em determinada época, inúmeros sites, inclusive de instituições de/para cegos, chegaram a disponibilizar versões somente texto para deficientes visuais e versões gráficas para as demais pessoas.
Essa prática incorre em dois erros principais:
  1. Como a acessibilidade para pessoas com deficiência visual, por tornar a navegação por via do teclado plenamente possível, é compatível para pessoas que não conseguem utilizar mouse na navegação, como usuárias de notebooks, paralisadas cerebrais e tetraplégicas, com pouca destreza manual para mouses, mas suficiente para a navegação via teclado, acabavam tendo de desfrutar de uma versão de site completamente sem atrativos, inadequada visualmente para elas;
  2. quando o desenvolvedor da página tinha de atualizar informações, em geral, só o fazia na versão gráfica, ficando a versão texto quase sempre desatualizada. Quando fazia a atualização nas duas versões, ficava com trabalho dobrado.
Sendo assim, uma versão acessível e comum a todos é a mais prática e recomendável de ser realizada, incorrendo na inclusão digital de todas as pessoas no mesmo espaço e com as mesmas informações.
Para isso, não é necessário que esse espaço não tenha imagens, cores de qualquer natureza e uma estética desagradável. Existem formas de tornar acessíveis as imagens criando-se seus equivalentes textuais, para que pessoas com deficiência visual possam conhecer seu conteúdo e função no contexto da página, e pessoas sem essa deficiência estejam em um espaço agradável e atraente para seus olhos.

O que é um leitor de tela? Um sintetizador de voz?
E um Display Braille? Como funcionam?

leitor de tela é um programa que interpreta os conteúdos do código e os apresenta através de um sintetizador de voz ou impresso em Braille. Ele, em verdade, não lê a tela, mas o código por trás dela, interpretando os elementos e atributos sequencialmente conforme sua leitura, de cima para baixo e da esquerda para a direita.
Essa leitura do código transforma-se em linguagem inteligível para o ouvinte, não só lendo o que seja realmente o texto, como descrevendo os elementos existentes na página, como imagens, links, formulários, tabelas etc. Quando ele passa por um link que contém uma imagem, ele descreve: "link" e "gráfico". Se no elemento de imagem houver o atributo ALT, ele complementa a narração dos elementos com o conteúdo textual que estiver dentro do atributo. Assim, se passarmos por um link com imagem, onde a imagem tenha escrito "Quem Somos" e houver o atributo ALT com o mesmo texto, ele disponibilizará: "gráfico", "link" "Quem Somos" audivelmente ou em Braille, por exemplo. Temos de observar que ele falará, em verdade, o conteúdo do atributo ALT e não o desenhado na imagem e que, para quem vê parece ser texto. Todo texto em imagem não é um texto real, mas desenhado, como poderia ser qualquer outro desenho.
Os leitores de tela não são em Braille ou possuem som. Eles somente carregam em uma área temporária sua interpretação do código. Fica a cargo dos sintetizadores de voz ou displays Braille que essa interpretação se torne audível ou tátil.

Existe acessibilidade especial para leitores de tela?

Alguns cuidados devem ser tomados para que os leitores de tela se tornem cada vez mais capazes de transmitir a mensagem corretamente. Os sintetizadores de voz são a voz do leitor de tela, e a maioria deles identifica a pontuação através de pausas, de silêncios na "voz", por alguns deles quase imperceptíveis. Assim um ponto tem um tempo de silêncio até que se leia a próxima palavra, um tempo menor para a vírgula e tempos mais fracionados ainda para dois pontos e ponto e vírgula. A exclamação e a interrogação têm sonoridades semelhantes ao que representam, tanto quanto a reticências. A tecnologia anda tão avançada nesse aspecto, que alguns sintetizadores reproduzem fantasticamente a voz humana.

Assim, verificar a pontuação, a gramática e utilizar um corretor ortográfico são medidas importantes, pois os sintetizadores de voz reproduzem exatamente o que um leitor de tela lê. Dessa forma, um texto mal escrito ortograficamente, com abreviaturas do tipo qdo (quando), palavras acentuadas de forma incorreta, erros gramaticais como palavras no singular quando deveriam estar no plural e coisas do gênero, podem deixar um usuário sem entender o texto, ou tendo de parar a leitura corrente para voltar a trechos não entendidos pelos quais acabou de passar.
A utilização de equivalentes textuais para as imagens também é fundamental para que o leitor, em sua passagem, possa transmitir a importância do significado da imagem no contexto em que se encontra.
Um dos cuidados mais fundamentais para a acessibilidade de um conteúdo web é o desenvolvimento do código desse conteúdo dentro dos padrões web (web standards), tanto apresentando um código semântico, quanto separando-o em camadas de conteúdo, apresentação e comportamento. O trabalho só pode estar completo quando o código estiver validado, tanto o de (X)HTML, quanto o de CSS e scripts, sendo estes não obstrutivos. Os códigos strict têm contemplado, em sua validação, alguns itens de acessibilidade, como por exemplo a presença obrigatória do atributo ALT no elemento IMG, existência de elementos e atributos obsoletos, etc.
É necessário notar que um leitor de tela utilizado em navegadores gráficos, tem a função não somente de fazer a leitura dos conteúdos puramente textuais existentes em uma página web, mas também de descrever a estrutura dessa página. Sendo assim, ao passar por um elemento e por seus elementos e
ele fará a leitura para seu usuário como "tabela com tantas colunas e tantas linhas", além de que, em alguns deles, pressionando-se a tecla "t" pode-se chegar diretamente no início dessa tabela. Se um layout de página for feito por tabelas, prejudicará sensivelmente a navegação de um usuário dessa e outras tecnologias assistivas, pois ele, ao se utilizar da teclagem rápida alcançará inúmeros trechos dessa página que não são tabelas como se fossem, além de ficar escutando a todo momento "tabela com tantas colunas e tantas linhas", sem isso estar existindo visualmente.
Outros inúmeros erros semânticos são usuais, como a utilização do elemento

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, onde o tamanho da fonte pode ser definido e o negrito é padrão, utilizados no meio de textos ou mesmo em links, para destaques e não para cabeçalhos propriamente ditos. Ao se teclar a letra h em navegadores gráficos alguns leitores de tela se aproveitam dessa semântica para fazerem saltos de cabeçalho em cabeçalho dentro da mesma página. Pode ser cabeçalho de um menu, de uma combobox e de um artigo separado em inúmeros subtítulos. No entanto, se não for utilizado corretamente, o usuário que tem isso como uma forma acessível de navegação rápida, acabará saltando para lugares que não são cabeçalhos onde esse elemento foi utilizado de forma inadequada. Essa apresentação deve ser feita em folhas de estilo. Por isso a importância de um código semântico, onde cada elemento é utilizado para o fim a que foi criado.
Da mesma forma, a separação entre camadas deixa o código mais "enxuto" para que o leitor de tela (que lê códigos e não telas), possa ler sem ter ele mesmo que fazer essa separação na hora da leitura, agilizando e simplificando sua tarefa.
Outros cuidados de acessibilidade devem ser tomados mas, em sua maioria, não são específicos para a deficiência visual, nem para os leitores de tela necessários para maioria das pessoas que a possui.

O que a acessibilidade web tem a ver com visão estratégica de mercado?

A acessibilidade no desenvolvimento de sites é hoje uma ferramenta de mercado que aumenta potencialmente o público que pode chegar até o produto disponível, seja mercadoria ou informação. Não é uma concessão, um ato de boa vontade para com usuários com necessidades específicas: é uma visão estratégica. Imagine o site de um supermercado, uma loja ou de um banco construídos sem a acessibilidade adequada: uma pessoa com deficiência visual ou com qualquer tipo de dificuldade motora - potenciais clientes - estarão automaticamente excluídos. E o que dizer dos sites de serviços públicos?
Nesse caso, provavelmente, os excluídos se sentirão também menos cidadãos. A imagem que tais sites deixarão para tais pessoas, multiplicadoras de opinião através de suas famílias e de si mesmas, certamente não será positiva.
Por outro lado, as empresas que não percebem tais pessoas como potenciais consumidoras, não percebem também as pessoas que não possuem deficiência como possíveis usuárias de tecnologias diferentes das mais comuns. Notebooks, celulares e programas de navegação alternativos ao Internet Explorer, como o Firefox, Opera, Safari e outros, muitas vezes ficam inaptos para a apresentação de suas páginas, perdendo assim potenciais clientes apenas por não se darem conta de tais possibilidades.

Como fazer e testar acessibilidade na web?

Existem diretrizes brasileiras e internacionais de acessibilidade web que orientam o desenvolvimento de páginas acessíveis. A primeira delas foi a que é, até hoje, a mais utilizada e completa de todas, feita pelo consórcio que padroniza e atualiza os padrões de codificação como HTML, XHTML, CSS e outros, o chamado W3C World Wide Web Consortium que, em 1999, publicou o documento de Diretrizes de Acessibilidade do Conteúdo da Web 1.0 Site Externo. (original em inglês (Web Content Accessibility Guidelines 1.0 Site Externo.), o WCAG 1.0.
A partir desse documento, inúmeros países, até hoje, têm se baseado para fazerem diretrizes explicitamente baseadas nele, como as"Diretrizes Irlandesas de Acessibilidade Web", a Section 508 Site Externo em inglês. e outras.
Recentemente o W3C publicou uma nova versão, a WCAG 2.0 Site Externo. e Joe Clark um dos participantes da confecção do WCAG 1.0, em busca de atualizar esse documento publicou o WCAG Samurai Site Externo., que está sendo muito considerado entre os profissionais criadores de conteúdos web acessíveis, mas que, no entanto, apesar de possuir muita consistência e acertos, não é um documento completo em si mesmo, mas apenas complementar ao WCAG 1.0.
A orientação básica utilizada para se desenvolver páginas acessíveis ainda é o WCAG 1.0, mesmo porque, o WCAG Samurai é apenas uma errata a essas diretrizes. Entretanto, acredito que, com o tempo, o W3C continuará, pelo respeito internacional que ainda possui pelos desenvolvedores web, mesmo questionado, orientando a produção web acessível e através do WCAG 2.0.
Acessibilidade na web é sempre feita dentro dos códigos dos padrões web. Assim, acessibilidade na web começa por se construir com um código dentro desses padrões (web standards), ou seja, com esse código válido e testado em avaliadores automáticos e dentro de uma metodologia definida, como por exemplo, a da própria W3C (Métodos e Ferramentas de Acessibilidade). Além disso, para que estejamos realmente respeitando as web standards, esse código deve ser semântico e estar separado em camadas: conteúdo, apresentação e comportamento.
Entre os itens da metodologia do W3C está o de se navegar pelas páginas com um leitor de tela de um navegador somente texto e um leitor de tela em um navegador gráfico. Outro item da metodologia é a avaliação da página por pessoas com deficiência. Embora esses sejam dois itens de 11 ao todo, alguns desenvolvedores teimam em achar que, se uma pessoa com deficiência visual navegar por sua página e disser que está boa, que a página está acessível. Isso pode ser verdade para apenas o leitor de tela que aquela pessoa cega utiliza, existindo vários no mercado, em qualidade e para ambientes diferentes. Além disso, temos de ter sempre em mente que acessibilidade web não é feita somente para pessoas com deficiência visual, mas dentro de padrões que servem não somente para outras deficiências como para todas as pessoas, com ou sem deficiência, e que um leitor de tela determinado pode não detectar em sua maior parte.

O que o Google tem a ver com isso?

O buscador Google indexa as páginas da web segundo alguns critérios próprios, entre os quais estão os de acessibilidade do site. Temos de levar em conta que a indexação é feita por palavras chave e que essas palavras são captadas textualmente. Dessa forma, uma imagem sem descrição não entra em sua busca por imagens, frames não são indexados se não pelas metatags da página de configuração, a frameset, e o Google só penetra nas páginas frameadas caso sejam linkadas através do noframes. Como o noframes faz parte da acessibilidade feita em frames no WCAG 1.0, somente com eles e os links do site em seu bojo, que o site se torna visível para os robots de busca. A errata do Samurai 1.0 bane os frames, retirando-os do desenvolvimento acessível de sites. Como os leitores de tela só lêem textos e os robots de busca também, fazendo-se acessibilidade no código de sites, dentro dos padrões web, estamos fazendo também acessibilidade para robots de indexação como o Google. Pode-se dizer, sem erro, que o Google é o maior leitor de tela, na verdade, tal como os leitores de tela, o maior leitor de códigos que existe.

Depressão, um excesso de conectividade?

Imagens mostram como o córtex frontal (região em vermelho) de 

pessoas com depressão (à esquerda) é mais fortemente conectado ao resto do cérebro quando comparado com 

pessoas saudáveis (à direita)

Há dois meses, foi publicada uma matéria na revista Scientific American que sugeria o seguinte: o cérebro das pessoas depressivas seria mais “conectado” do que o de pessoas saudáveis. Sabe-se que as pessoas com depressão costumam ter problemas de concentração, ansiedade e memória, mas o artigo foi além e declarou que tais  problemas teriam ligação com um excesso de sinais trocados entre as áreas relacionadas à concentração, humor e pensamento consciente.
Nessa linha, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles usaram imagens de ressonância magnética funcional e eletroencefalografia para medir a atividade cerebral de pacientes deprimidos em repouso. Eles descobriram, nessas pessoas examinadas, uma enxurrada de mensagens neurais entre as áreas corticais límbicas (responsáveis por produzir e processar as emoções). Pessoas saudáveis também apresentam essa conexão, mas não de forma tão ativa. Para os pesquisadores, tais sinais podem amplificar os pensamentos negativos dos deprimidos, agindo como um ruído que os impede de prestar atenção às mensagens neurais positivas – aquelas que lhes dizem para seguir em frente.
Outro trabalho, feito pelo psiquiatra Shuqiao Yao da Central South University, na China, e publicado em abril na Biological Psychiatry, revelou de maneira inversa que pessoas propensas a ficarem repetindo continuamente pensamentos negativos apresentam conexões mais fortes entre certos circuitos córtico-límbicos. Por outro lado, menor conectividade em outros desses circuitos corresponde à perda de memória autobiográfica, que é outra coisa comum na depressão.
Por fim, um estudo publicado também este ano na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, trouxe outro achado importante nesse sentido: a terapia eletroconvulsiva, (antes conhecida como terapia de choque) realmente alivia os sintomas da depressão e diminui as conexões na região cerebral onde os sistemas cortical e límbico se cruzam.
Ainda não se sabe com certeza se a hiperconectividade entre essas áreas cerebrais é causa ou efeito da depressão. Mas tudo indica que esse pode ser um bom alvo para o desenvolvimento de novas drogas e tratamentos.