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Leila Moura

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ALFABETIZAÇÃO


11 maneiras de ajudar na alfabetização do seu filho

Contar histórias, deixar bilhetinhos na geladeira, fazer lista de compras em voz alta - essas são apenas algumas situações que tornam o espaço de convivência da criança mais... alfabetizador! E isso é fundamental para o aprendizado

Texto de

Juliana Bernardino

Elementos do dia-a-dia, como receitas culinárias e contos infantis, também ajudam na alfabetização de uma criança.

Você sabia que os pais também podem ajudar na alfabetização de seus filhos? Isso mesmo! Mas não se preocupe, pois não se trata de ter de ensinar formalmente a criança a ler e a escrever, função esta do professor. Você pode, isso sim, tornar o ambiente de convivência da criança repleto de atos de leitura e escrita, de forma a inseri-la desde cedo no mundo das letras. Em suma, deixar o ambiente doméstico mais alfabetizador. “Isso acontece quando, por exemplo, a mãe deixa bilhetinhos na porta da geladeira, apontando a finalidade do ato para a criança: ‘vamos deixar esse recadinho para o papai avisando-o que iremos nos atrasar para o jantar’. Ou quando, antes de começar um novo jogo (de tabuleiro, por exemplo), ela propõe ao filho que eles leiam as regras juntos”, exemplifica a educadora Cida Sarraf, que leciona no curso de pedagogia do Centro Universitário Salesiano e da Faculdade Mozarteum, ambos em São Paulo.

Maria Claudia Sondahl Rebellato, assessora pedagógica na produção de material didático em Curitiba-PR, acredita que, quando a criança é inserida nessas atividades rotineiras, ela acaba percebendo a função real da escrita e da leitura, e como elas são importantes para a nossa vida. E, dada sua curiosidade nata, ela vai querer participar cada vez mais e buscar o conhecimento dos pais.

A criança que cresce em constante contato com a leitura e a escrita acaba se apropriando da língua escrita de maneira mais autoral e adquirindo experiências que vão fazer a diferença na hora de ela aprender a ler e a escrever efetivamente. “Isso explica o fato de, numa mesma sala de 1º ano, professores se depararem com algumas crianças praticamente alfabetizadas e outras que sequer entendem a função do bilhetinho na porta da geladeira ou que a linguagem escrita se relaciona com a oral, porque viveram experiências muito discrepantes em casa”, argumenta Cida Sarraf.



terça-feira, 19 de abril de 2011

Nossos alunos da sala de recursos













Educação:
ela nos interessa?
Sobre educação a gente deve ler Gustavo Ioschpe (a quem conheci menininho), e refletir até o fim dos tempos. Envergonhar-se e chorar. ou ter uma derradeira esperança. Eu, em geral otimista, até considerada ingênua, nesse assunto continuo cética. Basta ver o lugar que ocupamos nas melhores avaliações internacionais, atrás de países nos quais eu nem cogitaria, tratando-se de educação. Estamos abaixo da esmagadora (literalmente) maioria. Não seria  preciso a opinião de bons institutos internacionais ou nacionais. está debaixo do nosso nariz, e cheira muito mal: nossa educação está abaixo de qualquer crítica. E pode piorar, pois temos um ensino cada vez mais relaxado, uma autoridade mais inexistente: agora se pensa em não reprovar mais ninguém nos primeiros anos, isto é, vamos lhes mentir que estão aprendendo, como disse uma autoridade em ensino. Não vejo muitos governos. lideres de verdade querendo um povo educado, isto é, informado.
Pois quem se informa, quem sabe das coisas, questiona a situação da sua comunidade, seu estado, seu país. Questiona sua própria condição. Não vai mais querer morar em cima de velhos lixões mal disfarçados, ver seus filhos comendo restos, brincando com água de esgoto, morrendo por falta de cuidados essenciais.
Quem se educa, isto é, pode ler e entender melhor as coisas, não vai mais aguentar calado - distraído com alguns dinheirinhos a mais, estimulado até a comprar o que não poderia, pois não vai conseguir pagar a próxima prestação - que seus velhos não tenham assistência. que a aposentadoria. quando existe, seja de fome, que as crianças morram em corredores de hospital, ou precisem ser levadas horas a fio até o posto de saúde mais próximo - que pode estar fechado por falta de médico ou até de remédios. Nós não somos assim. Não aceitamos morrer de sujeira, doença, fome, falta de assistência. de informação, de dignidade. Quem se informa e sabe das coisas não vai mais achar que a corrupção nos altos escalões é assim mesmo, a política é assim não tem jeito, "a casa já caiu. temos
de nos conformar", como disse um resignado homem numa entrevista.
Um povo educado é como um filho positivamente rebelde que não aceita injustiças. gritos.
brutalidade ou humilhações em casa. Um povo educado reclama.
Um povo educado elege diferente. Um povo informado - que teve escola, lê jornal, conhece livros, 
assina sabendo o que está naquele papel, interpreta o que vê na televisão ou escura no rádio - 
ambiciona para seus filhos algo mais do que viver na rua e morrer na esquina. A educação nos faz 
enxergar com outros olhos o que acontece no pafs e no exterior - sim, pois a gente sabe o que se passa
 em outros lugares - e sair da resignação mortal para o desejo ativo de que as coisas melhorem. E começa 
a colaborar para que elas mudem. E vai reclamar de quem mentiu, prometeu e não cumpriu, foi corrupto, ficou impune pensou em mais poder, e não na sua gente. Assim, devagar, usando de firmeza e inteligência, sem violência, sem agressão, quem se educou vai começar a mudar seu país. E por isso não me importo de repetir, repetir e repetir: a gente pode ser mais feliz. A gente pode ser mais gente. A gente precisa, com
urgência, de verdade, que a educação seja prioridade de todos para todos, nesta nossa terra.

"A educação nos faz enxergar com outros olhos o que acontece à nossa volta e nos 
ajuda a sair da resignação mortal para o desejo de que as coisas melhorem"

Escolas caindo aos pedaços, professores pessimamente pagos, e mal preparados (cadê tempo para ler, estudar, progredir, se todos precisam de algum bico para defender o pão de cada dia?).
Sem bibliotecas (ou com elas abandonadas) nem computadores - alguns foram doados, mas não
há quem os instale ou os saiba manejar. E o povo não sabe que o melhor modo de subir na escala
social é pela educação, que é informação. e formação. é força, é poder. Vai ajudar a tomar decisões mais acertadas, fazer melhores escolhas, conseguir emprego ou subir de cargo, ser mais gente, cuidar melhor de si e dos filhos, alimentar-se melhor, viver melhor. Gostar mais de si mesmo, valorizar-se e ser valorizado. E assim construir um país mais humano, mais digno, mais justo.

domingo, 17 de abril de 2011

Dia Nacional do Sistema Braille, transcorrido na sexta-feira, dia 08 de abril

Prezados amigos,

Colo abaixo a íntegra do discurso do Senador Paulo Paim proferido naplenária do Senado, no dia 11 de  abril, após audiência pública realizada na Comissão dos Direitos Humanos do Senado Federal.

Vale a pena ler até o final. O Senador rende importantes e belas homenagens.

Atenciosamente, Moises Bauer Luiz
Pronunciamento sobre o Dia Nacional do Sistema Braille.

Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Senadores.
Estamos mais uma vez diante do Dia Nacional do Sistema Braille, transcorrido na sexta-feira, dia 08 de abril, e de todas as reflexões possíveis a respeito do tema.
Como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, atendendo ao requerimento votado na Comissão no dia 24 de março passado,tive a grata satisfação de realizar na manhã de hoje uma audiência pública em homenagem as pessoas com deficiência visual.
Ponderei no meu pronunciamento que o Dia Nacional do Sistema Braille simboliza o profícuo sistema para a inclusão das pessoas cegas em todo o mundo ao acesso à leitura. Nesse dia, o objetivo é que as entidades públicas e privadas realizem eventos que reverenciem a memória de Louis Braille, além de promover debates sobre os direitos das pessoas com deficiência visual, sua inserção no mercado de trabalho e orientações sobre a prevenção da cegueira.
A data escolhida coincide com o nascimento, em 1834 , de José Álvares de Azevedo, responsável pela introdução do sistema Braille no Brasil. Após passar seis anos aprendendo o funcionamento do sistema Braille no Instituto de Jovens Cegos de Paris, Azevedo retornou ao Brasil em 1850 e começou então, a transmitir o que aprendeu para outras pessoas.
Ele passou, inclusive, a escrever em jornais divulgando as possibilidades de educação voltadas aos cegos. Com suas ações, conseguiu até sensibilizar o imperador
Dom Pedro Segundo, o que culminaria na fundação , em 17 de setembro de 1854, do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant,no Rio de Janeiro.
Convém lembrar que essa foi a primeira escola a receber pessoas com deficiência visual na América Latina.
Disse também, hoje pela manhã, que neste dia 11 de abril, estamos cultivando o dia de uma importante semente responsável por levar alimento às almas, que é o Dia

Nacional do Sistema Braille.
Na audiência pública dessa manhã estiveram presentes representantes das entidades representativas dos Cegos no Brasil. Fizeram parte da mesa de trabalho:
Geovane Alziro Frois Lima, Estudante do Centro de Ensino Médio do Setor Leste de Brasília.
Moisés Bauer Luiz, Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa
Portadora de Deficiência, o CONADE.
Jonir Bechara Cerqueira, Professor Especialista em Educação de Deficientes Visuais.
Regina Fátima Caldeira de Oliveira, Coordenadora de Revisão da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Telma Nantes de Matos, Vice-Presidente da Organização Nacional de Cegos do Brasil.
Antonio José do Nascimento Ferreira, Chefe de Gabinete da Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência.
Paulo Roberto Pereira Brandão, Consultor em Sistema Braille aqui do Senado.
Foram feitas denúncias sobre o Sistema de Cotas para Deficientes nas empresas e serviço público em geral. Pelos depoimentos vimos o quanto existe de preconceito contra a pessoa deficiente.
Trago aqui os dados:

Em cada 100 deficiente no mercado de trabalho apenas três são cegos. Existem dois milhões e meio de cegos no Brasil, segundo dados do IBGE e destes apenas 10 mil estão no mercado de trabalho.

Senhor Presidente,

Senhoras e Senhores Senadores,

Este problema não existe no meu gabinete onde há dois assessores cegos. Um deles trabalha aqui em Brasília, Luciano Ambrozio e o outro é o meu coordenador político, Santos Fagundes que trabalha no meu escritório no Rio Grande do Sul e coordenou as minhas duas campanhas para o Senado.
Falaram também durante a audiência pública de hoje:

Loni Elizabeth Mânica que explanou sobre o desenvolvimento das ações pelos eficientes no Sistema SESI/ CNI.

Chalés Jatobá que é cego pediu providência para que o governo não extinga o Instituto Benjamim Constant e nem o programa de acessibilidade promovido pelo Governo Federal.

Marcos Bandeira do Conselho CONADE falou sobre o mercado de trabalho para as pessoas com deficiência.
Rita de Cássia de Souza Barros, também cega pediu a divulgação e editoração das publicações em Braille de autoria do Ministério da Educação.

Fernando Cotta, Coordenador para Inclusão da Pessoa com Deficiência- CORDE-

Do Distrito Federal pediu mais políticas de inclusão por parte dos governos estaduais e nova tecnologias para o sistema Braille. Porque há falta de notebook, livros especiais e sistema de informação aos cegos no Brasil.
Portanto volto a falar sobre a importância de Louis Braille.
Ele é o responsável pelos seis pontinhos Braille com o formato de sementes e cultivados pelos dedos das pessoas cegas que fazem germinar nas suas almas o conhecimento que por sua vez é responsável pela formação intelectual e profissional.
Hoje para o Senado Federal é um momento de reconhecimento sobre a importância da persistência e da criatividade, pois foram através delas que Louis Braille buscou criar instrumento para ele acessar o conhecimento.
Leio aqui uma frase que ele escreveu em seu diário:
"Se os olhos não me deixam obter informações sobre os homens e eventos, sobre idéias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma"

Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Senadores,
Vejam a grandeza desse francês.
Louis Braille nasceu em 04 de janeiro de 1809 na França. Seu pai, Simon-

René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, ao brincar na oficinado pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.
Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, seus pais e o padre Jacques Pallury, que é era o responsável pela igreja local, matricularam-no na Escola.
Louis Braille tinha facilidade em aprender o que ouvia e por esta qualidade de vida, foi selecionado como líder da turma. Com apenas 10 anos de idade Louis ganhou uma bolsa do selecionado Instituto Real de Jovens Cegos de Paris.
O fundador deste instituto, Valentim Hauy, foi um dos pioneiros a criar o programa para ensinar os cegos a ler. Em 1821, quando Louis Braille tinha 12 anos de idade, o então capitão reformado da artilharia francesa, Charles Barbier, visitou o Instituto onde apresentou o sistema de comunicação chamado de escrita noturna que ficou conhecido com o serre, mais tarde veio a ser chamado de sonografia.
Tratava-se de um método de comunicação tátil que usava pontos em relevo dispostos num retângulo com seis pontos de altura por dois de largura. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efetuar algumas melhorias.
Em 1824, com apenas 15 anos de idade Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no Instituto e em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação. Na França a invenção de Louis Braille foi reconhecida em 1854 dois anos após a sua morte.
Felizmente hoje estamos em plena era digital e existem novos sistemas de leitores de tela que facilitam o acesso da pessoa cega à informação. Entretanto, o sistema criado por Louis Braille, há quase duzentos anos, permanece sendo o único instrumento para alfabetização de cegos.
O acesso à textos através de um leitor de tela é um acesso auditivo e não pode ser considerado uma leitura pessoal. O ato de ler para uma pessoa com deficiência visual só pode se dar por intermédio da adaptação de textos para o sistema Braille. Nesse processo de adaptação de textos em sistema comum de uso para o sistema Braile é fundamental a figura do transcritor e revisor de Braille.
Reconhecendo a importância desse profissional, apresentei o Projeto de Lei do Senado 67 /2011 que cria
a profissão de transcritor e revisor de Braille, ´O objetivo do meu projeto é garantir em Lei, direitos trabalhistas a essas pessoas que executam uma tarefa de importância extraordinária na promoção da acessibilidade.
Quero enfatizar aqui, que tramita no Congresso Nacional o Estatuto da Pessoa com Deficiência, PL 3638/2000, de minha autoria. No momento a Frente Parlamentar Mista de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência debate o assunto.
Lembro a este Plenário que a Lei 12.266 de 21 de junho de 2010 sancionada ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu o dia 08 de abril como o Dia Nacional do Sistema Braille.
Nesta data é recomendado às entidades públicas e privadas a realização de eventos destinados ao debate sobre o sistema Braille. O propósito da Lei é fortalecer odebate social acerca dos direitos da pessoa cega e a sua plena integração na sociedade, bem como difundir informações sobre a acessibilidade material, à informação e à comunicação, pela aplicação de novas tecnologias.
Aqui na Capital foi realizado na sexta-feira passada, o Primeiro Encontro Brasiliense em comemoração ao Dia Nacional do Sistema Braille no Centro Especial número Um de Brasília. Foi um evento aberto à comunidade. Para o diretor do Centro Especial número UM, Antonio Gomes Leitão, o encontro despertou a atenção da comunidadpara o debate e a conscientização da sociedade a respeito da educação do deficiente visual e enfatizou a importância do Sistema Braille para aspessoas cegas.
Ratificando as palavras do diretor Antonio Gomes Leitão, recebi do poeta gaúcho Waldin de Lima pequenos poemas que destacam a grandeza e a importância histórica deste tipo de evento para as pessoas cegas.
No poema Cela Braille incluído no livro Canção das Flores o autor diz:
"Seis pontinhos em relevo,
Belo quadro sem moldura
Das pessoas que não vêem.
Cela Braille, luminosa,
Constelação que fulgura
Jorrando luz e cultura
Naqueles dedos que lêem".

Do mesmo livro "Canção das Flores" Waldin de Lima, ele enviou-me o seguinte poema:

Soneto a Louis Braille
"Aquele menino genial, inquieto,
Dos cegos transmudou a própria vida,
Quando em sua alma a glória foi concebida
Na grandeza de um tátil alfabeto.
Louis Braille, pedagogo ou arquiteto,
Se teve um dia sua visão perdida,
Buscou em sua alma brava e destemida
Seu tesouro real e predileto.
Sistema de pontos bem ordenados,
Representam os sinais convencionados:
Outra forma de ler e escrever.
Sistema novo de escrita e leitura
Tirou os cegos da vida obscura
Que levavam à margem do Saber"

O Sistema Braille provou ser muito adaptável como meio de comunicação.
Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-se à notação musical.
O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que vêem.
Vários termos matemáticos, científicos e químicos têm sido transpostos para o Braille, abrindo amplos depósitos de conhecimento para os leitores cegos.
Relógios com ponteiros reforçados e números em relevo, em Braille, foram produzidos, de modo que os dedos ágeis possam sentir as horas.

Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Senadores,

Aproveito este momento para saudar o senhor Moisés Bauer, da Organização Nacional de Cegos do Brasil pelo cargo assumido junto ao Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o CONADE.
Tenho certeza que ele fará um bom trabalho junto aquele colegiado, uma vez que o CONADE é um espaço privilegiado entre iniciativa privada e governo para inclusão da pessoa com deficiência e das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer
e política urbana dirigida a esse grupo social.
Para encerrar este pronunciamento quero homenagear, neste dia, duas pessoas que tive a alegria de conhecer aqui no Congresso Nacional... Infelizmente elas já nos deixaram fisicamente, mas acredito que,
espiritualmente, estão entre nós. Refiro-me ao professor Adilson Ventura, que foi presidente do CONADE e que esteve colaborando conosco em vários momentos dos debates sobre a criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência...
..Bem, e tivemos também a participação de uma mulher guerreira e muitoatuante na área da educação, que foi a professora Dorina Nowill. Ela foi presidente da fundação que leva o seu nome e que é uma Entidade que distribui material em Braille e áudio para escolas e entidades de pessoas com deficiência em todo o Brasil.
A esses dois abnegados colaboradores, meu muito obrigado.
Encerro homenageando a Organização Nacional de Cegos do Brasil, através de seu presidente, Moisés Bauer, e a todas as lideranças que estão nos assistindo pela TV Senado Federal.
Aqui vai a frase da professora Dorina Nowill "Todas as estórias tem um fim , mas a minha continua ..."

Era o que tinha a dizer, Sala das Sessões, 11 de abril de 2011.

Senador Paulo Paim - PT/RS.

domingo, 3 de abril de 2011

O papel do educador na formação de alunos leitores!

1-INTRODUÇÃO O presente artigo tem como tema "O Papel do Educador na Formação de Alunos Leitores" objetivando abordar a influencia do educador na importância de formar leitores, buscando fazer com que os mesmos desenvolvam não apenas o hábito de ler compulsivamente, mas fazer dessa leitura um meio de transformação pessoal e social, onde ler seja um ato de liberdade e essa permite ao leitor a descoberta de um novo mundo. Nossos discentes não são mais os mesmos do tempo em que nós, hoje, educadores, éramos os alunos. A formação que recebemos para nos tornarmos docentes, não é mais suficiente para contemplarmos as mudanças de valores, comportamentos, habilidades e competências que a sociedade nos coloca nessa constante transformação da cultura e da educação. Nosso cotidiano escolar é permeado por uma contra formação que nele, se insere, através do incontrolável crescimento de meios cada vez mais avançados de informações e tecnologia. O crescimento surge simultaneamente à globalização política e social, exigindo uma mudança significativa na prática de ensinar e de aprender. Em virtude dessa mudança, ao profissional de educação cabe agora uma reflexão consciente e contínua sobre os novos rumos que a Educação nos coloca, na sala de aula, à tarefa de formar os alunos de hoje para que, eles, por si, possam se transformar para a sociedade com a sociedade. Os professores devem criar dentro de cada sala de aula uma atmosfera positiva, uma forma de vida que conduz o aluno ao encontro da leitura através do afeto positivo. Os professores positivos são realistas, mas sempre procuram o melhor em seus alunos. (CRAMER E CASTELE, 2001: pg. 86). Os alunos são "esse hoje"; não há como negar ou não aceitar. O papel do educador para com eles deve ser fundamental no ato de proporcionar conhecimento, na responsabilidade quando à sensibilização para os aspectos social e quanto ao relacionamento humano orientador por valores éticos para a convivência com o meio. Os novos rumos para uma transformação do perfil do profissional da educação não se limitam às implantações de práticas inovadoras para uma sociedade com avançadas tecnologias, mas à consciência crítica de sua tarefa perante a educação e o ato de ensinar e interagir, com ela e para ela. O desafio maior, entretanto, é não perder de vista nessa consciência e tarefa, o eixo norteador da "leitura de mundo", da "leitura da palavra" para a "leitura do mundo" e, desta para a sociedade.
 2- O QUE É LEITURA? É o processo pelo qual um sujeito leitor atribui significado a um determinado texto. A leitura não pode ser vista apenas como uma atividade de decodificação dos códigos lingüísticos. É preciso ir muito além, preciso entender o que se lê. A concepção de que, no processo da leitura, o elemento mais importante era o texto, ou o autor, mudou. Estudiosos da língua vêem, hoje, o leitor como elemento principal nesse processo, ler é interação ação entre o texto e o leitor. Na verdade, o sentido do texto não está no texto propriamente dito, mas, sim no leitor. Geralmente, quando falamos a nossos alunos que eles precisam ler mais, eles pensam logo em textos verbais, livros, revistas, jornais e outros. Nosso maior objetivo com a proposta a seguir é mostrar que o texto não é exclusividade das palavras, ou seja, que trabalhar o não verbal é também necessário para aguçarmos a capacidade leitora de nossos alunos. Diante disso, tem-se uma sugestão de aula de leitura de textos não-verbais-excelente ferramenta pedagógica nas aulas de língua portuguesas "A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta rede." (mensagens para tos os momentos.) (Carlos Drumond de Andrade)
 2.1- A LEITURA É UM CAMINHO. Não há duvida de que a leitura é um caminho muito importante para a informação e, principalmente para a formação do educando. Cabe aqui uma pergunta: Todo aluno gosta de ler? A resposta mais provável deve ser não. Então, como despertar no aluno o gosto pela leitura? Nem sempre essa é uma das tarefas mais fáceis. Ela apresenta dificuldade e propõe muitos desafios, os quais exigem dos adultos, pais e educadores, não apenas boa vontade, mas também esforços e dedicação constantes. Os pais desempenham um papel crucial no desenvolvimento de crianças que tenham atitudes positivas em relação à leitura e que se tornem leitores bem – sucedidos. Anderson e colaboradores (1985) declaram o seguinte: "A leitura começa em casa" (CRAMER, E CASTLE, 2001: pg. 88). Como se vê, não basta apenas querer, é preciso perceber e distinguir os vários obstáculos com que se defrontam, buscando mecanismos que possibilitam ultrapassá-los. Tentar superá-los é a meta prioritária para qualquer um que queira enfrentar essa barreira é, com isso, ajudar a mudar o rumo da história de cada educando, fazendo-o entender que quem lê transcende o tempo e se permite uma viagem de prazer indescritível, visto que a leitura é uma experiência pessoal, impor. Para que essa tarefa possa ser executada, urge que se tenha em mente o que disse um professor Frances Lojola a capacidade de "ficar na janela olhando as pessoas passarem e passar, ao mesmo tempo, junto com elas" Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se a ler à medida que se vive. Se ler livro geralmente se aprender nos bancos da escola, outros leitores se aprendem por ai, na chamada escola da vida. (LAJOLA, 1993). Daí se conclui que, além de despertar no aluno o gosto pela leitura, é preciso, antes de mais nada despertar nele a sensibilidade, a capacidade de se lido um "processo que envolva uma compreensão crítica do ato de ler que não esgota na decodificação pura da palavra escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo.
 3- DIFICULDADES DE LER Muito se discute sobre a importância da leitura. Muitos são os fracassos dos alunos brasileiros em testes de leituras, além apresentarem, com freqüências, resultados extremamente negativos em textos como o Pisa. O Enem e outros. Mas, afinal o que é ler? Porque muitos lêem tantas dificuldades em ler um texto? Existe alguma "formula mágica" para fazer com que o nível de assimilação das idéias de um texto possa ser percebido pelos estudantes é/ou leitores de um modo geral? Com certeza, uma das grandes preocupações de muitos professores e educadores está voltada para a prática de leitura, alias para a falta dela. Frases como "Não gosto de ler". Não comigo entender o que Leo. Quando começo a ler sinto sono e para são comuns, principalmente, no meio estudantil. Adianta passarmos anos e anos enchendo nossos alunos somente de regras gramaticais e, ao final do Ensino médio eles não conseguiram refletir sobre o funcionamento da língua? Ou seja, vera que a escola passa a ensinar, também esse aluno a pensar? E como fazermos isso, ou seja, fazê-lo pensar: com certeza através da leitura. E necessário que seja feito um trabalho de base. Precisamos levar o aluno a ler para dominar os recursos lingüísticos e, conseqüentemente, dominar o mundo. Porem quando falamos ler, estamos nos referindo a conseguir perceber não só o que está de "Concreto" só texto, mas também o que está de "abstrato" nele.
 3.1- A IMPORTÂNCIA DE APRENDER A LER O que é leitura? Leitura é um ato de troca entre o individuo e o livro, é um ato também de intimidade entre leitor e autor e de liberdade. É algo à parte, singular, dentro de casa, na escola e no mundo. Assim fala SOLÉ: "A leitura é um processo de interação entre o leito e o texto". (SALÉ, 1998: pg. 22) Ler por prazer. Existe coisa mais divertida do que ler para crianças? Magia, fantasia e imaginação são apenas alguns dos elementos presentes nesses momentos, muitas vezes inesquecíveis. Por que, então, as escolas ainda são (quase) uma raridade em nosso país? Todos os estudos apontam que o vilão da história é sempre o mesmo: mistura a literatura com atividade didática. O correto seria apenas trocar idéias e privilegiar a construção de sentido dos textos estabelecendo relações com a realidade dos alunos e com diversas artes. Ler para estudar De todos os comportamentos leitores, o de ler para estudar é certamente o mais coberto pelos professores. Sem dúvida, aprender a ler textos informativos, artigo científico, ensaios e livros didáticos (e paradidático) é uma habilidade fundamental para toda a vida, dentro e fora da escola. Orientar a leitura desses textos é mais difícil, entre outras coisas porque o próprio material de estudo é pouco atraente; muitas letras, poucas ilustrações, um conjunto de idéias que precisam fazer sentido. O ritmo de trabalho é, necessariamente, mais lento, para alcançar o objetivo de localizar informações sobre um assunto específico e reler trechos difíceis. Entender isso é essencial para criar situações didáticas coerentes com a realidade. Ler para se informar A leitura descontraída e dinâmica repete o que ocorrer do lado de fora da escola (em que as pessoas comentam o que lêem). E é assim que deveria ser sempre (em vez de apenas apresentar o veículo e suas características, como título, legenda etc.). Só lendo o jornal de verdade, os estudantes serão capazes de entender a linguagem rápida e concisa, acompanhada de símbolos, gráficos, fotografias e ilustrações do texto da imprensa. Essa prática aproxima os pequenos do mundo cotidiano, distante das metáforas e "viagens" da literatura e ajuda a formar leitores assíduos e interessados pelos fatos reais. Jornais e revistas cumprem a função básica de produtores de conhecimentos. Como a informação é a matéria-prima do trabalho escolar, não há como falar em educação sem ler. A exploração do texto jornalístico contribui para aproximar essa realidade, ajudando a formar jovens mais críticos e com opiniões próprias capazes de brigar por seus direitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Como mecanismo propulsor dos mais importantes avanços humanos, a educação constitui um meio para a melhoria do Brasil e do mundo. As práticas pedagógicas estabelecem diferentes maneiras de se transmitir o conhecimento, principalmente pelo dialogo entre professores e alunos. Após longas analises sobre tais atividades pedagógicas, construímos um arcabouço de novos conceitos no âmbito do ensino de modo a desenvolver métodos que propiciassem o implemento de uma educação crítica e questionadora da realidade. O poder transformador das práticas educativas se torna cada vez mais profícuo tanto para o desenvolvimento interno dos países quanto para a pacificação das relações estabelecidas internacionalmente. Construir uma comunidade mais cooperativa e menos litigiosa, seja em termos brasileiros ou globais, demanda, sobretudo uma pedagogia voltada à tolerância e ao respeito das diferenças intersubjetivas. Nesse sentido nós identificamos várias obras em prol da aludida pedagógica, com perspectivas construtivas e conciêntizadoras em três grandes períodos de nossa vida. As idéias centrais da obra, diz respeito à necessidade de se construir uma escola prioritariamente democrática, que seja apta a solidificar no educando a passagem da consciência ingênua à consciência crítica. Em tal transição, os métodos pedagógicos devem proporcionar ao individuo o enfoque no que tange aos problemas de sue País, do mundo e da própria democracia. Sendo assim, o trabalho desenvolvido procurou evidenciar a importância dos educadores em ajudar os alunos a se transformarem em leitores críticos e molduras em meio à sociedade vigente REFERÊNCIAS CRAMER, EUGENEH. Incentivando o amor pela leitura, Eugine H. Cromer e Marrietta Castte, trad. Maria Cristina Moonteiro – Porto Alegre: Artmed, 2001. LAJOLA. Do Mundo da Leitura para a leitura do Mundo, Marisa lajola: Editora Ática, 1993 MENSAGENS PARA TODOS OS MOMENTOS: http://www.mensagensweb.com.br/ pensamentos/frases/exibe _pensamento.asp?cod=578 SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. ArtMed. Porto Alegre 1998.

Sugestões de atividades de Segmentação!

O temas a serem trabalhados  os poderão ser os mais diversos. Com o aluno deficiente visual  os estímulos deverão ser concretos com objetos no tamanho real ou miniaturas para possibilitar a manipulação e posterior registro em reglete, máquina ou computador.

  • laranjaabacaxiBananamelancia
  • maçãcajupêracacaumorangomanga
  • cerejaabacatemamauuvapêssego
  • OQUEÉOQUEÉCAIEMPÉECORREDEITADACHUVA

Segmentação problemas de escrita no processo da alfabetização de crianças em todos os contextos

Segmentação de palavras


O inicio o trabalho de segmentação deve ser iniciado com um texto hiposegmentado (sem segmentação nenhuma), orientar para que leiam repetidas vezes.
Depois será entregue o mesmo texto com a segmentação correta para que leiam. A escolha do texto deve ter sempre de acordo com a sondagem anterior sobre as preferências da turma (aquilo que mais gostam), por exemplo, um pedaço de um conto, uma cantiga. Essa escolha também depende muito do nível de conhecimento da turma. Para uma criança na fase inicial da alfabetização aconselham-se cantigas, bilhetinhos e pequenos trechos de contos.

Após fazerem a leitura dos dois textos que entregues (primeiro o sem segmentação e depois o com segmentação) numa roda de conversa onde se comenta sobre qual foi mais fácil de ler e entender o porquê. Eles podem até não saber falar claramente, mas, entendem direitinho e chegam à conclusão de que a necessidade segmentar as palavras na frase para facilitar o trabalho do leitor.

Acho que, após esse trabalho inicial fica bem mais fácil de trabalhar com a segmentação.

É claro que é um trabalho que demanda tempo, não será na primeira atividade que essa conscientização ocorrerá. Será necessário que selecionemos atividades de segmentação e que trabalhemos constantemente para solucionar os problemas que vão surgindo.

O professor também precisa fazer intervenções constantes.
Uso caça palavras para que observem o limite entre uma palavra e outra; formar frases com letras móveis (pode ser até de papel) também ajuda muito porque eles podem ir testando sem ter que recorrer a borracha. Outros jogos também poderão agregar mais possibilidades no exercício dessa habilidade

Fundamentos essenciais para a escrita em classes especiais:


a) O aluno deverá adquirir mobilidade precisa nos movimentos que implicam ação contrária:
 Aparafusar – desparafusar;
 Alinhavar – desalinhavar;
 Empilhar – desempilhar objetos;
 Subir – descer zíper de bolsas, vestidos, etc.;
 Fazer – desfazer laços, nós grossos, etc.;
 Abotoar – desabotoar;
 Abrir – fechar fechaduras;
 Tampar – destampar frascos;
 Enfiar – desenfiar contas;
 Abrir – fechar fechaduras;
 Tampar – destampar frascos;
 Enfiar – desenfiar contas;
 Armar – desarmar quebra-cabeças (com crescente dificuldade);
 Colar – descolar etiquetas, fitas adesivas, etc.

b) Domínio dos movimentos executados pelos dedos:
 Rasgar pedaços de papel;
 Destacar tiras de papel, previamente pontilhadas;
 Dobrar pedaços de papel; Fazer bolinhas de papel crepom;
 Virar páginas de cadernos ou livros com a ponta dos dedos;
 Cortar com tesoura de ponta redonda folhas de papel, tecidos, etc.;
 Recolher com as pontas dos dedos: grãos, palitos, folhas de papel, etc.;
 Enfiar, puxar e cruzar cordões a fim de amarrar sapatos, tênis, etc.;
 Explorar os movimentos de toda a mão: amassar, fazer bolinhas, rolinhos e criar formas com a massa plástica;
 Coordenar concomitantemente o jogo articulatório do punho com os movimentos de segurar e apertar objetos com a mão e os dedos: abrir uma porta utilizando-se da chave, bater com um martelo ou outro objeto no chão ou sobre a mesa, procurando ritmar e tornar o golpe cada vez mais dirigido ao chão (mesa), etc.

c) Discriminação tátil / Discriminação visual:
 Reconhecer diversos tipos de objetos;
 Classificar objetos quanto a forma, tamanho, textura ou cor, peso, etc.;
 Seriar objetos de diferentes espécies (gradação crescente e decrescente);
 Estabelecer a diferença entre:
 Semelhança – diferença – equivalência;
 Largura: largo – estreito;
 Altura: alto – baixo;
 Posição: em cima, embaixo, entre, linha vertical, linha horizontal;
 Lateralidade: esquerda – direita;
 Quantidade: muito – pouco;
 Espessura: grosso – fino;
 Textura: áspero – liso;
 Peso: pesado – leve;
 Distância: longe – perto; Comprimento: longo – médio – curto;
 Profundidade: fundo – raso;
 Noção de conteúdo: cheio – vazio;
 Noção de temperatura: quente – frio – morno – gelado;
 Noção de resistência: duro – mole etc.;
 Noção de cores, contrastes, etc.

d) Discriminação auditiva(incluindo recursos sonoros para o aluno deficiente auditivo):
 Distinguir sons diferentes;
 Determinar a gama variada dos fonemas;
 Discriminar a altura (alto – baixo), a intensidade (forte – fraco) e o timbre (grave – agudo) dos sons;
 Reconhecer palavras começadas ou terminadas pelo mesmo fonema;
 Criar rimas.
 Serão desenvolvidas ainda atividades específicas, tais como: desenhar, pintar, além do treinamento grafo-motor com vistas ao domínio da letra cursiva. Também são realizadas atividades de percepção visual abrangendo as cinco áreas: coordenação viso-motora, figura-fundo, relações espaciais, posição no espaço e constância da percepção.



sábado, 2 de abril de 2011