ACELBRA , em parceria com o Governo Federal e a Universidade Federal de Viçosa tem hoje um material didático muito importante para garantir que os celíacos em idade escolar possam ser INCLUÍDOS em sua sala de aula e também na vida da Escola que freqüentam.
Os pais e responsáveis deverão procurar a Direção, Orientação e professores de seu filho/a celíaco/a, levando a Cartilha da Emília, para que o assunto “ Doença Celíaca” possa ser trabalhado em sala de aula, reunião pedagógica com a equipe de professores e também em reunião de pais. As Cartilhas não devem ser “dadas” para a escola e sim emprestadas para as atividades e depois guardadas pela família, para serem usadas novamente em outras ocasiões ( elas também podem ser usadas para apresentar a doença celíaca em outros ambientes, como cursos fora da escola , reuniões religiosas, clube de mães, etc. ).
Apresentamos aqui algumas Sugestões de Atividades a serem feitas em Sala de Aula, pelas professoras e/ ou pelos pais. As adaptações devem ser feitas, tendo-se em vista o número de alunos envolvidos com as atividades e a idade deles.
Nas classes da Pré-escola:
1- Introdução: Conversar com as crianças sobre alimentação, o que gostam e não gostam de comer, quem tem alergias ou intolerâncias ou conhece alguém que faça regime, etc... perguntar se alguém sabe preparar algum alimento e chamar a atenção sobre algumas pessoas que precisam fazer dietas, como os celíacos, diabéticos e alérgicos.
2- Apresentar a Turma do Sítio do Pica-pau Amarelo, situando quem são os personagens da história:
- Dona Benta – dona do Sítio e avó de Pedrinho e Narizinho
- Pedrinho – neto de D.Benta e primo de Narizinho
- Narizinho – neta de D. Bento e prima de Pedrinho, dona da boneca Emília
- Emília – boneca de pano feita por Tia Anastácia
- Tia Anastácia e Tio Barnabé – empregados e moradores do Sitio
- Visconde de Sabugosa – boneco feito de espiga de milho
- Marquês de Rabicó – porco casado com a boneca Emília
- Saci Pererê – morador da Mata ao redor do Sítio
- Cuca – bruxa moradora da Mata
- Mariana – amiga de Narizinho, visitante do Sítio e que é celíaca.
3- Contar as histórias, resumindo o enredo , chamando a atenção para os detalhes que mais interessam às crianças pequenas. Nesse grupo não é preciso se preocupar com as informações científicas contidas na cartilha. Cada professora ou grupo de pais que for usar a cartilha deve pensar numa forma de explicar isso adaptado à idade de quem está ouvindo as histórias. O que as crianças precisam saber é que algumas pessoas ficam doentes quando comem glúten, pois ele destrói o nosso corpo por dentro e por isso precisam cuidar de sua alimentação.
4- Dramatizar com as crianças uma história. Pode-se criar personagens: Dona Farinha (representando o glúten ), Luizinha/o (criança celíaca ), outros alimentos saudáveis, etc e improvisar com as crianças o “intestino delgado” da Luizinha/o, deitando-as no chão, onde braços e mãos levantados representam as vilosidades. À medida que D. Farinha passa pelas “vilosidades” da criança celíaca, braços e mãos vão se encolhendo ( “atrofiando” )e aí os outros alimentos passam direto e os nutrientes não são “ absorvidos”. Outras variações podem ser pensadas, desde que todos possam entender que o glúten representa perigo para os celíacos. A página 12 da cartilha representa essa situação simulando uma batalha de um exército ( sistema imunológico ) contra um coelho ( substância inofensiva – glúten ), causando uma bagunça no intestino.
5- Preparar com os alunos um painel sobre alimentação saudável e os alimentos que os celíacos podem comer.
6- Fazer uma receita de biscoito ou bolo sem glúten com a ajuda das crianças, para ser servido no horário do lanche deles. Pode-se colocar os biscoitos em saquinhos e produzir etiquetas com as crianças, com a inscrição: “Não contém glúten “. Se a escola não tiver forno, anotar a receita e pedir que as crianças façam em casa.
Alunos do Ensino Fundamental - 1ª à 4 ª séries :
Pode-se usar o roteiro elaborado para a Pré-escola e fazer a adaptação ampliando com mais algumas questões:
1- Introduzir o assunto da alimentação, chegando à questão das necessidades alimentares especiais.
2- Ler a cartilha com os alunos ou deixar que leiam em voz alta
3- Conversar sobre o que os alunos entenderam das histórias
4- Apresentar um mapa do Sistema Digestório e o que acontece com o alimento no organismo de uma pessoa com saúde.
5- Explicar o que é o Glúten e o que acontece no organismo do celíaco.
6- Aqui também é possível usar a dramatização como forma de mostrar aos alunos situações vivenciadas pelos celíacos no seu cotidiano ( aniversários, passeios, escola, restaurantes, reuniões de família, etc ).
7- Elaborar um painel com a Pirâmide alimentar e mostrar as alternativas que o celíaco tem para manter uma alimentação saudável e equilibrada.
8- Visitar um supermercado para uma pesquisa sobre os rótulos dos produtos , verificando onde encontramos a inscrição “Não contém glúten” ou “Contém glúten”, o tamanho e a cor das letras, etc ( nas séries finais é possível ampliar a discussão sobre outras inscrições encontradas nos rótulos, como diet, ligth, sem colesterol, sem gordura trans, sem conservantes, etc...)
9- Elaborar com os alunos um cartaz com 10 dicas para o celíaco se manter saudável. Explicar a questão da contaminação e a necessidade de se seguir a dieta rigorosamente, usando nosso slogan “ Na dúvida, não consuma”.
Nas turmas de 5ª a 8 ª séries:
Os alunos podem ser apresentados ao assunto pelo próprio colega celíaco, que vai relatar sua história de vida e como vem lidando com a dieta sem glúten em seu dia-a-dia. A leitura da cartilha poderá ser feita em pequenos grupos e depois se provocar um debate na turma sobre alimentação saudável, hábitos alimentares de cada um, as doenças que todos conhecem que envolvem diretamente a alimentação. Nessas séries também é possível se propor a leitura de rótulos, visita a restaurantes e lanchonetes para verificar como os alimentos são preparados, quais são os estabelecimentos que sabem o que é o glúten, onde o celíaco pode se alimentar com segurança, etc.
Fazer o painel com a Pirâmide alimentar é sempre uma boa atividade, pois vai fazer o adolescente refletir sobre sua própria alimentação.
Criar em sala um panfleto informativo para ser distribuído para as outras turmas da escola e ser enviado para os pais é uma ótima forma de concluir a atividade.
Material elaborado por:
Raquel Benati
Presidente da Acelbra-RJ
![Educarte nas Diferenças](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1lJBb1jV_qOGyeY5Jxl5x7VnvmQc9ijubpGdgyuJb50BWP6EdLVmqPH6KUUdjtbtrLNDhsyBi3AOZc14Pwdb9vemWrwyTem5bxccFQ8oaqWNMPwJKQiEIYUzm5DMCgW_ylmiVoNLt_YH4/s1600-r/Z1twv9n6.jpg)
Aprendendo sempre! Quando iniciei este blog, o fiz pensando em torná-lo um diário de bordo de minhas vivências. Certa que sou um ser muito inquieto, também adoro pesquisar sobre educação, cérebro humano e nossas diferenças como viajantes nesses contextos. Por isso tenho direcionado os textos que aqui posto, para informações que coleto e que acredito serem sérias e úteis para quem busca tais assuntos. Por isso solicito que se possível coloquem um comentário ao ler os mesmos.
Adorei as ideias. Tenho um filho celíaco indo para escola pela primeira vez, e como muitos outras pais e mães, fico muito satisfeita por encontrar algo que me vai ajudar muito a explicar à escola e aos colegas dele algumas coisas sobre a doença celíaca, para que a integração seja mais fácil. Em nome de todas as
ResponderExcluirfamílias, obrigada. :)
Andreia
Celíacos Madeira
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